"Não é meu hábito andar em cada esquina a pedir a demissão do ministro"

O presidente do PSD reiterou esta terça-feira a sua posição de princípio de não pedir a demissão de ministros "a cada esquina" afirmando que aguarda a resposta do Governo a um requerimento sobre o ministro Pedro Siza Vieira.

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Lusa
22/05/2018 ‧ 22/05/2018 por Lusa

Política

Rui Rio

"Não é meu hábito andar em cada canto e a cada esquina a pedir a demissão do ministro, acho que isso cabe obviamente ao senhor primeiro-ministro e em cada momento o senhor primeiro-ministro é que fará a gestão do que muito bem entender", declarou.

Questionado pelos jornalistas, Rui Rio disse desconhecer a posição do deputado do PSD Carlos Abreu Amorim, publicada na sua página nas redes sociais Facebook e Twitter, dizendo que Pedro Siza Vieira devia pedir a demissão caso se confirme que se encontrou com os clientes da sua antiga empresa, a China Three Gorges, quando já integrava o executivo e antes do anúncio da Oferta Pública de Aquisição desta empresa chinesa à EDP.

"Se isto for verdade, este ministro tem de se demitir. Não se pode estar num Governo para continuar a fazer os negócios do costume - agora investido em poderes de soberania. Costa não pode pôr os amigos a fazer de Sócrates fingindo que não tem nada a ver com isso", escreveu sábado o ex-vice-presidente do grupo parlamentar, na sua página no Facebook, referindo-se ao caso, noticiado pelo Expresso.

"Não tenho conhecimento, cada deputado tem a sua opinião", disse, acrescentando que a sua, sobre demissões de ministros, "é sempre a mesma".

"Nós limitamo-nos a fazer a apreciação daquilo que pode ser a atitude de cada ministro", disse, frisando que sobre o assunto o grupo parlamentar do PSD dirigiu um requerimento ao primeiro-ministro e que aguarda as respostas.

O grupo parlamentar do PSD entregou na sexta-feira um requerimento, divulgado sábado, perguntando ao primeiro-ministro, António Costa, qual foi o facto ou `situação´ que motivou o pedido de escusa do ministro Adjunto de matérias relativas ao setor elétrico.

"Qual foi o facto ou 'situação' que motivou o pedido de escusa e posterior deferimento do pedido pelo senhor primeiro ministro? Se o facto foi a apresentação da OPA sobre a EDP pelo consórcio chinês, essa escusa não deveria ter ocorrido meses antes?", questionam os sociais-democratas, no requerimento assinado pelo vice-presidente da bancada do PSD Emídio Guerreiro.

 

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