Costa pede a socialistas "enorme responsabilidade" e cultura de Governo
O secretário-geral do PS advertiu hoje que os socialistas têm "uma enorme responsabilidade", porque estão num partido com cultura de Governo, cujos valores unem as lideranças de Mário Soares até à última de António José Seguro.
© Jorge Amaral / Global Imagens
Política Discurso
Estas posições foram assumidas por António Costa no discurso de abertura do 22º Congresso Nacional do PS, na Batalha, distrito de Leiria, em que apelou aos delegados para que se concentrem nas questões relativas aos desafios do futuro.
"Tal como todos aqueles que nos antecederam, desde Mário Soares a António José Seguro, nós temos também de fazer com que o PS seja um partido do nosso tempo, pegando nos nossos valores de sempre para sermos capazes de encontrar as respostas aos novos desafios", afirmou o líder socialista.
Neste contexto, sem se referir a casos em concreto, António Costa frisou aos delegados socialistas: "É isto que peço a todos que façamos neste congresso".
"Temos uma enorme responsabilidade, não só porque governamos o país hoje, é porque temos atrás de nós estes 45 anos em que aqueles que nos antecederam foram sempre capazes de fazer isto: Defender os nossos valores, reinventando-os com espírito de progresso e de inovação. Como François Mitterrand disse um dia que o socialismo continua a ser a ideia mais jovem do mundo", declarou.
Nesta parte da sua intervenção, António Costa defendeu a tese de que o partido que Mário Soares legou não foi apenas uma força política de valores.
"O nosso partido nunca se esgotou na retorica dos valores, nunca se conformou em que esses valores sejam uma mera utopia para amanhãs que cantam. O nosso partido sempre quis fazer, assumiu uma cultura de Governo, porque o desafio que temos é transformar os valores na vida quotidiana do país para que cada português possa viver melhor", afirmou, aqui numa demarcação de ordem ideológica face ao PCP e Bloco de Esquerda.
Além de cultura de Governo, o secretário-geral do PS sustentou depois de que o seu partido tem também "uma cultura de diálogo social e com os poderes regionais e locais".
Um assunto que serviu depois a António Costa para reivindicar o "fim do absurdo conceito de arco da governação" ao formar um executivo apoiado no parlamento pelo PCP, Bloco de Esquerda e PEV.
"Mudámos definitivamente nesta legislatura a paisagem política do país", advogou o líder socialista.
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