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"O PS afirma um caminho que Mário Soares sempre recusou"

O vice-presidente do PSD Morais Sarmento defendeu hoje que os socialistas estão a afirmar "um caminho que Mário Soares sempre recusou", de "viragem à esquerda", e que seria melhor um PS "sem dependências, coligações ou prisões".

"O PS afirma um caminho que Mário Soares sempre recusou"
Notícias ao Minuto

14:43 - 27/05/18 por Lusa

Política Morais Sarmento

Nuno Morais Sarmento assumiu esta posição em declarações aos jornalistas, no final do 22.º Congresso do PS, na Batalha, distrito de Leiria.

"Era melhor que o PS, que prestou homenagem ao seu fundador Mário Soares, mas que neste Congresso afirma um caminho que Mário Soares sempre recusou, era mais importante, porventura, que reafirmasse o seu próprio caminho, como nos habituámos a ver: sem dependências, coligações ou prisões a quaisquer outros partidos", afirmou.

O dirigente social-democrata acrescentou: "Pelo menos, é assim que sempre nos recordámos do PS, é assim que continuamos a fazer o nosso caminho e que esperamos que o PS também seja capaz de fazer".

Morais Sarmento considerou que no Congresso da Batalha o PS se dedicou mais a "discutir o futuro do PS do que o futuro de Portugal" e lamentou "a reafirmação de uma viragem à esquerda como sendo uma opção que se deseja repetir por muitos e bons anos".

No seu entender, essa opção "é, infelizmente, para os portugueses, a garantia de que continuarão a ter um Governo que não é mais do que a soma dos equilíbrios que em cada momento é possível conseguir entre três partidos".

O vice-presidente do PSD sustentou que a atual solução governativa com apoio parlamentar dos partidos à esquerda do PS torna "impossível contar que por parte deste Governo seja apresentada uma estratégia coerente, sólida e de médio e longo prazo, porque ela tem de ser negociada a cada momento e a cada tema com cada um dos dois partidos que, sem as mesmas ideias".

Nuno Morais Sarmento estava acompanhado pelo líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, e pela vice-presidente da bancada social-democrata Margarida Mano.

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