Migrações: CDS desiludido com Conselho Europeu. Falta ação
O líder parlamentar do CDS-PP expressou hoje desilusão sobre o Conselho Europeu, que é "mais de enunciação de princípios do que ação", considerando que é preciso aguardar por mais informações sobre os centros de desembarque de migrantes.
© Global Imagens
Política Nuno Magalhães
"O que sabemos é pouco do que são esses campos de refugiados. Se são campos de acolhimento, como dizem as conclusões, parece-me bem, até para os proteger de quem os está a explorar, e muitas vezes, a pôr em perigo de vida. Se é um centro de detenção, já não me parece tão bem, porque isso, de facto, não é compaginável com os princípios europeus", defendeu Nuno Magalhães.
Falando aos jornalistas na Assembleia da República, o presidente da bancada centrista considerou que é preciso aguardar por mais informações sobre os centros, sublinhando, contudo, que, "mais uma vez, a política é dúbia, é titubeante, é sobretudo mais de enunciação de princípios do que ação".
"Com este Conselho, nada parece ter mudado. Isso é que é lamentável, porque, mais uma vez a União Europeia dá uma imagem de incapacidade, de impreparação para lidar de forma conjunta com um fenómeno que é complexo, que é também humanitário, mas que também é do ponto de vista da segurança, relevante, em que a União Europeia não pode estar à altura de resolver", argumentou.
Após uma maratona negocial e um braço-de-ferro com a Itália, que chegou a bloquear as conclusões do primeiro dia de trabalhos, os 28 fecharam um acordo sobre as medidas a tomar para gerir os fluxos migratórios.
A criação de plataformas de desembarque é uma das medidas previstas nas conclusões do Conselho Europeu para "desmantelar definitivamente o modelo de negócio dos passadores, evitando assim a trágica perda de vidas humanas".
Assim, os líderes da UE querem ver "rapidamente" explorado o conceito de plataformas de desembarque regionais, em estreita cooperação com os países terceiros pertinentes, bem como com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
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