Monchique: "73% são eucaliptos, questiono responsabilidade dos autarcas"
Miguel Sousa Tavares, no seu espaço habitual de comentário da SIC, manifestou algumas dúvidas quanto à rápida propagação do incêndio em Monchique, no distrito de Faro, assim como deixou algumas críticas à autarquia.
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Política Sousa Tavares
Mais de 70% do concelho de Monchique está ocupado por eucaliptos, sublinhou Miguel Sousa Tavares esta segunda-feira, admitindo que retorna, assim, a uma “velha questão”: uma entrevista dada pelo presidente da Câmara ao jornal Público, em maio deste ano, onde este garantia não haver motivo para preocupação.
“A gestão é planeada e ordenada de forma a que haja meios de defesa, em caso de incêndio – à partida, causa menos preocupações”, indicou, na altura, o autarca Rui André, acrescentando que “são muitos anos a apagar fogos”.
Miguel Sousa Tavares, no seu espaço de comentário da SIC, apontou o dedo à autarquia, questionando “a responsabilidade dos autarcas, que deixam os seus concelhos serem povoados até 73% da aérea florestal com eucaliptos e depois ficam admirados com as catástrofes que acontecem”.
Uma outra questão levantada pelo escritor prende-se com as condições atmosféricas. Sousa Tavares diz estar em Lagos desde sexta-feira - dia em que deflagrou o incêndio na serra algarvia – e garante que se sentia apenas um vento brando. “Estava vento Sul, não estava vento Norte como é normal”, afirmou, sugerindo que se trata de um vento menos intenso.
Neste sentido, o comentador disse estranhar “que durante quatro dias o incêndio tenha lavrado” de uma forma tão intensa, ainda que com temperaturas muito altas. “Não sou entendido na matéria mas deixo perguntas no ar que têm que ser respondidas”, indicou.
Os “incêndios não são atacados fortemente no início, e os reacendimentos repetem-se sempre”, afirmou, lembrando que estiveram envolvidos no combate às chamas cerca de 1.200 operacionais e mais de 300 veículos.
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