"Esta comunidade, constituída, aproximadamente, por 400 a 500 mil cidadãos e luso-descendentes, além de estar exposta a esta degradação e riscos das suas vidas, está estabelecida com multiplicidade de negócios no setor da distribuição/retalho alimentar e bebidas, agricultura e transportes urbanos/interurbanos, tudo setores críticos e expostos ao 'desespero' dos cidadãos carentes de todas estas necessidades, transformando-os em vítimas deste estado de degradação coletiva", descrevem os elementos do partido dirigido pelo advogado Marinho e Pinto, em comunicado.
Em comunicado, o PDR questiona "o comportamento superficial e inconclusivo do Governo de Portugal, Ministério dos Negócios Estrangeiros e Secretaria de Estado das Comunidades".
"Por que, desde que tomou posse, não estabeleceu, de imediato, uma política que favoreça a repatriação destas comunidades, que lhes proporcione condições para o investimento em Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira, favorecendo, fiscalmente, esse investimento, premiando o reagrupamento familiar em Portugal, com políticas sociais e de saúde pública adequadas, e favorecendo, com um 'Erasmus' nacional, o enquadramento dos seus filhos e netos no Sistema de Ensino Publico Nacional", perguntam os dirigentes do PDR.
O PDR acusa ainda o executivo socialista de "atavismo", considerando que o elenco liderado por António Costa está condicionado e "não assume que há duas gerações de luso-venezuelanos que gostariam de vir para Portugal, em vez de estarem a 'fugir' para o Brasil ou para Espanha, com os investimentos e família dos seus pais".