CDS-PP exige respostas do Governo para doentes paliativos
O CDS-PP manifestou hoje indignação face à exclusão dos doentes com necessidades paliativas da rede de cuidados continuados, exigindo uma resposta do governo que garanta o acompanhamento necessário destes casos por se tratar de uma matéria de segurança social.
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Política Indignação
"Isto é qualquer coisa muito preocupante, quando estávamos à espera que este governo investisse no apoio a estes doentes, que estão em situação muito vulnerável, limita o acesso dos doentes paliativos à rede de cuidados continuados", disse à agência Lusa a deputada Isabel Galriça Neto.
A parlamentar reagia à publicação de uma portaria que levou já a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos a manifestar "perplexidade" e "preocupação" com a decisão de excluir da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados doentes com necessidades paliativas.
Tal como a associação, o CDS-PP considera que está em curso "um retrocesso" na prestação de cuidados de saúde.
"Que resposta tem o governo para estes doentes e famílias, onde estão as esquerdas unidas?", questionou Galriça Neto, afirmando que dezenas de milhar de doentes serão prejudicados com a medida.
A deputada garantiu que o CDS-PP vai continuar a acompanhar a situação e estimou que será colocada uma maior pressão sobre os hospitais e as urgências, dada a ausência de respostas para estes doentes: "Para onde vão estes doentes? O que vão fazer as famílias?".
A deputada, médica de formação, sustentou que as redes de cuidados continuados e paliativos não são estanques e que os pacientes com necessidades paliativas menos complexas podem transitar entre os dois tipos de unidade.
"Isto é de uma imensa gravidade", declarou, acusando o governo de pretender "passar entre os pingos da chuva" com a publicação da portaria.
"Esperamos que o governo inverta esta situação", disse, defendendo que está em causa o respeito pelos doentes e a dignidade.
As reações surgem um dia depois da publicação, em Diário da República, da portaria que define as condições de instalação e funcionamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).
A associação havia já reagido para afirmar que o diploma inclui agora como critério de não admissão em unidades e equipas da rede "as pessoas com necessidades de cuidados paliativos".
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