"Porta aberta" da troika só é vista pelo PSD
Depois de reunirem com os representantes da troika, todos os partidos, à excepção do PSD, foram unânimes em considerar que houve pouca abertura por parte do FMI, Comissão Europeia e BCE para a flexibilização das metas orçamentais para 2014. Apenas os sociais-democratas afirmaram, pela voz de Miguel Frasquilho, que “nenhuma porta foi fechada”, salienta hoje o Diário Económico.
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Política Frasquilho
Os deputados dos partidos com assento parlamentar foram ontem recebidos pela troika no âmbito da 8ª e 9ª avaliações ao programa de ajustamento. Mas, no final dos encontros, o PSD divergiu dos restantes partidos, incluindo do parceiro de coligação CDS, sobre a posição apresentada pelos credores internacionais em relação à meta do défice para 2014.
Apesar de reconhecer que a troika, composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia e Banco Central Europeu (BCE), foi “bastante evasiva” quando à proposta social-democrata “em redor dos 4,5%” de défice para o próximo ano, o deputado Miguel Frasquilho sublinhou que não viu “nenhuma porta fechada”.
Já a deputada do CDS, Cecília Meireles, reconheceu ter ficado com “a sensação de que serão negociações muito, muito difíceis”, acrescentando ainda que relativamente à descida do IVA na restauração e à preparação do Programa Cautelar não “houve qualquer resposta” por parte da troika.
No mesmo sentido, o socialista Pedro Marques destacou que o encontro ficou marcado pelo “silêncio” e “insensibilidade” dos credores externos. Uma atitude que para o deputado do PCP, Miguel Tiago, prova que para a troika “abrandar as metas do défice podia ser entendido como um acto de fraqueza”.
Com a mesma sensação saíram no dia anterior (segunda-feira) os parceiros sociais dos encontros que tiveram com Rasmus Ruffer (BCE), Subir Lall (FMI) e Sean Berrigan (Comissão Europeia).
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