"Marcelo não deixou cair caso de Tancos no esquecimento"
"E agora verifica-se que tinha muita razão em fazer isso", acrescentou Manuela Ferreira Leite.
© Global Imagens
Política Ferreira Leite
Esta semana fica marcada por novidades na investigação ao roubo de material militar em Tancos. Há oito detidos, incluindo o suspeito de ser o autor do crime mas também elementos da GNR e da Polícia Judiciária Militar, suspeitos de interferirem na investigação.
No seu espaço de comentário na antena da TVI24, nesta noite de quinta-feira, Manuela Ferreira Leite acusou o Governo de ter tentado desvalorizar o caso e destacou o papel de Marcelo Rebelo de Sousa ao longo dos últimos meses.
“Não tenho dúvidas de que quando começaram as notícias sobre o que se tinha passado houve uma tentativa do Governo de desvalorizar”, apontou, dizendo mesmo que o caso “foi tão desvalorizado que entrou na fase da anedota”.
“Agora”, porém, “percebe-se que não foi anedota nenhuma, que foi um processo muito complexo e sério que envolve várias instituições”.
Mais ainda, acrescentou, “não devemos deixar de sublinhar que quem não permitiu que o assunto fosse desvalorizado foi o presidente da República, que sempre que podia falava no caso e [afirmava] que era necessário apurar até ao fim. Não deixou [o caso de Tancos] cair em esquecimento”. “E, agora, verifica-se que tinha muito razão”.
O caso de Tancos valeu ainda críticas a António Costa por parte da antiga líder do PSD: “Discordo completamente da afirmação do primeiro-ministro quando diz que isto não é um caso político e que não tem nada que demitir o ministro porque o ministro não pode estar à porta [do paiol]”.
Questionada sobre se o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, tem condições para manter o cargo, Manuela Ferreira Leite responde que “todos [os ministros] têm condições desde que o primeiro-ministro os queira. Mas efetivamente há responsabilidade política”.
“Se ele não tem responsabilidade política, quem tem?”, perguntou retoricamente, lembrando de seguida o caso de Jorge Coelho, que se demitiu na altura da tragédia da queda da ponte de Entre-os-rios. O então ministro “ não teria obrigação de consertar a ponte na véspera” ou de saber que aquela ponte, “uma entre milhares no país, estava para cair”, “mas assumiu a responsabilidade política”.
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