Nasceu “com a finalidade de concorrer às eleições autárquicas de 2021” e já está a marcar pela diferença ao apresentar “uma candidatura com três anos de antecedência”. E porquê? Para que “ideias e propostas” para a cidade de Matosinhos sejam discutidas “com calma, serenidade e sem o ruído de fundo das campanhas”.
Com o PS à frente da Câmara de Matosinhos “há 44 anos” é agora o momento de acabar com o “pretensiosismo [dos socialistas] de pensar que são o único [partido] com legitimidade para governar” a cidade. É neste contexto que este sábado, pelas 17h00 no Sea Porto Hotel, será apresentado o Matosinhos Independente (MI), para “pôr em prática e provar que é possível outros governarem”.
Acabar com a “ameaça perigosa do continuismo” é o slogan bandeira do MI que quer provar ser “uma alternativa de poder em Matosinhos, ampliando o perímetro da democracia a quem não vota e a quem quer participar nas tomadas de decisão”. Até porque, “a política tem de deixar de ser uma coisa mal vista e só para os políticos”.
Na Plataforma de Candidatura a Matosinhos encontrará toda a informação sobre o MI© MIE a provar que chegou para inovar e fazer a diferença, na apresentação marcada para mais logo, caberá ao biólogo e fundador do Clube dos Pensadores (CdP), Joaquim Jorge, fazer as honras neste primeiro encontro e um balanço do primeiro ano de atividade do atual executivo PS, eleito no ano passado.
Na plateia, já confirmadas, estarão presentes diversas personalidades de diferentes aréas profissionais, tais como: Guimarães dos Santos, ex-director IPO e padrinho do MI; Fernando dos Santos Neves, antigo reitor da Lusófona e senador do MI; Mário Russo , professor do IPVC e membro do CdP; Ernesto Páscoa, professor universitário e antigo presidente da concelhia do PS/Matosinhos; José António Barbosa, arquiteto e antigo presidente da concelhia do PSD/Matosinhos; Lasalete Piedade, do Coração da Cidade; Joaquim Massena, arquitecto; bem como "muitos simpatizantes, amigos e amigas".
A palavra de ordem será "ousadia" porque na "política não podemos simplesmente sentarmo-nos a assistir e comer pipocas". Por isso mesmo, o MI já passou, ainda antes da apresentação oficial, das palavras aos atos e tem já várias propostas para dar a conhecer. O destaque vai, por exemplo, para a limitação de mandatos a todo o executivo, vice-presidente e vereadores incluídos; a aplicação de um novo conceito de jovem, a aposta na prevenção na saúde, e a criação de um provedor do cidadão para intervir junto dos serviços municipais.
O balanço de um ano de “excessos de gastos”
O fundador do CdP, a quem caberá fazer o balanço do primeiro ano de governação do executivo camarário socialista, adiantou em exclusivo ao Notícias ao Minuto algumas considerações que fará, sublinhando logo à partida que “o excesso de gastos públicos em festas e eventos”.
“É importante os matosinhenses saberem como estão as contas públicas, é importante saber-se a quantas andam. Os matosinhenses querem é ter um dia-a-dia com qualidade de vida: pagar menos IMI, menos pela água, ruas limpas e sem buracos, recolha de lixo eficiente, proteção policial, zonas verdes limpas e asseadas”, vai apontar Joaquim Jorge no seu discurso.
Joaquim Jorge fará um discurso sobre o balanço do 1.º ano do executivo PS em Matosinhos© MIMas não só por críticas ficará marcada a intervenção do biólogo. A “regionalização no concelho” é necessária, vai sugerir Joaquim Jorge, sustentando que a cidade “não pode ser só as freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira tem que ser um todo harmonioso, equilibrado e igualitário”.
“Há uma tendência para esquecer quem está mais longe do centro do poder e do mar, como S. Mamede de infesta, Senhora da Hora, Custóias, Santa Cruz do Bispo, Perafita, Lavra e Guifões”, alertará o fundador do CdP, que agora também se lança na política como um dos mentores do MI.