"Pelos vistos, os corruptos são a nova salvação da Democracia"
O resultado das eleições presidenciais do Brasil, que se realizaram no último domingo, continuam a dar que falar, especialmente em Portugal que acompanhou de perto o sufrágio.
© Global Imagens
Política Carlos Abreu Amorim
A primeira volta das presidenciais do Brasil terminou com dois candidatos que vão, no dia 28, disputar a segunda volta. Trata-se de Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal, e de Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores.
As reações a este resultado não se fizeram esperar com vários políticos portugueses a tecerem comentários a este respeito, incluindo Carlos Abreu Amorim que comparou José Sócrates a Lula da Silva, bem como os seus apoiantes.
Num texto publicado na sua página do Facebook, o deputado social-democrata começa por dizer que “eles votaram três vezes em Sócrates (…) defenderam-no até à exaustão mesmo quando os indícios já eram claros e indesmentíveis”.
Esses mesmos “eles”, como escreve o deputado do PSD, “vilipendiaram quem o investigou, atacando os magistrados portugueses com uma violência nunca vista” para depois “apregoarem a libertação de Lula em nome da política e marimbando-se para a Justiça”.
“E agora têm o topete de atacar aqueles que não cantam loas a Haddad, cuja primeira promessa eleitoral, nunca o esqueçamos, é libertar Lula apesar dos Tribunais”, escreve Abreu Amorim, acrescentando: “Pelos vistos, os corruptos são a nova salvação da Democracia”.
Num texto bastante crítico, o deputado diz ainda que “esses sacerdotes-pontifícios do politicamente correto fingem ignorar que foram eles com a sua hipocrisia neo-beata que fizeram o monstro: o do Brasil e os outros”.
“Mas nunca o reconhecerão. Nem mostrarão um pingo de arrependimento. Sobra-lhes em desfaçatez aquilo que lhes falta em moral para sentenciar quem quer que seja”, termina.
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