Remodelação do Governo “é uma anedota”
Tomaram esta segunda-feira posse os quatro novos ministros da Defesa, da Economia, da Saúde e da Cultura, naquela que foi a maior renovação do Executivo de António Costa até agora.
© Global Imagens
Política Carlos Abreu Amorim
Não nos enganamos se considerarmos a decisão do primeiro-ministro de remodelar o Governo uma surpresa. António Costa aproveitou a demissão do ministro Azeredo Lopes, na sexta-feira passada, para mexer noutros ministérios: Cultura, Saúde e Economia. Saíram, revelou Costa esta segunda-feira, porque quiseram, ou seja, todos os ministros destas tutelas pediram, a dado momento, para sair.
O que para alguns foi uma 'jogada' inteligente da parte do chefe do Governo, ao substituir os ministros considerados mais frágeis, sobretudo a um ano de eleições legislativas, para outros (da oposição, naturalmente) é justamente o contrário.
Carlos Abreu Amorim, do PSD, utilizou o Facebook para transmitir que esta remodelação governamental "é uma anedota”.
“E os muitos que andam funcionalmente a repetir que o Governo ficará mais forte fazem parte dela”, rematou.
Já a líder do CDS reiterou no Twitter que quem precisa de remodelação é António Costa. Já antes, Assunção Cristas havia desvalorizado a alteração de ministros, considerando que a mesma só é feita “por arrasto” do caso do furto de Tancos. Em declarações no encerramento da escola de quadros da Juventude Popular, em Peniche, a líder do CDS sublinhou que as mudanças foram feitas com “prata da casa” e “sem rasgo”, o que é a “prova dos nove da extraordinária fragilidade do primeiro-ministro”.
Quem precisa de remodelação é @antoniocostapm.
— Assunção Cristas (@CristasAssuncao) October 15, 2018
Rui Rio, por seu turno, descreveu esta remodelação como uma forma de o primeiro-ministro “dar a mão à palmatória”, reconhecendo a razoabilidade das críticas feitas pelo PSD aos ministros agora fora da constituição governamental. “O primeiro-ministro acaba por reconhecer aquilo que nós temos dito, de certa forma", afirmou Rui Rio
Os novos ministros da Cultura, da Saúde, da Economia e da Defesa tomaram esta segunda-feira posse, depois de terem sido anunciados no domingo, um dia depois de o Orçamento do Estado para 2019 ter sido aprovado em Conselho de Ministros.
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