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"Apear o ministro" da Educação seria "abrir mão de uma vitória"

Miguel Sousa Tavares analisou, esta segunda-feira na TVI, a remodelação inesperada do Governo.

"Apear o ministro" da Educação seria "abrir mão de uma vitória"
Notícias ao Minuto

22:11 - 15/10/18 por Melissa Lopes

Política Sousa Tavares

O escritor Miguel Sousa Tavares considerou "a remodelação governamental muito bem feita porque ninguém estava à espera dela” e as “remodelações devem ser assim: quando ninguém as pede, ninguém as espera”.

Na opinião do comentador, António Costa não fez uma remodelação técnica mas sim política. “Mudou praticamente todas as pastas em que os ministros estavam politicamente fragilizados”, analisou Sousa Tavares, apontando a Educação como exeção.

Mas há uma justificação para Tiago Brandão Rodrigues ter saído ileso desta remodelação: António Costa venceu a batalha contra os professores, na opinião pública, e “apear o ministro” seria “abrir mão de uma vitória que ganhou politicamente”.

Sousa Tavares sublinhou que em todas as remodelações, Costa “foi buscar pessoas do seu círculo intímo”.

De todas as mudanças, o comentador elegeu a nomeação de João Gomes Cravinho para a pasta da Defesa como a mais importante.

“Li no [jornal] Público que a nomeação tinha acalmado o Exército, acho que a leitura está ao contrário, o Exército é que tem que acalmar o ministro, o Governo e os cidadãos”, declarou, referindo-se ao assalto em Tancos e à “fantochada” da devolução das armas.

Neste sentido, Sousa Tavares defendeu que o novo ministro deve tomar uma atitude em relação ao Chefe de Estado Maior do Exército, Rovisco Duarte. “Acho que ficava muito bem ao ministro chamar o Chefe de Estado Maior do Exército e dizer-lhe: ‘Para defender o seu nome, dou-lhe 24 horas para se demitir por si próprio, se não demito-o eu’”.

Isto porque, uma vez que a responsabilidade política já foi atribuída a Azeredo Lopes, que na sequência da polémica apresentou a demissão na sexta-feira passada, a responsabilidade funcional do Exército de uma “história criminosa” também terá de ter um rosto.

No domingo, recorde-se, o primeiro-ministro anunciou de forma inesperada uma remodelação do seu Governo, mudando os ministros da Defesa, da Economia, da Saúde e da Cultura. Na pasta da Defesa, Azeredo Lopes foi substituído por João Gomes Cravinho; na Economia, saiu Manuel Caldeiro Cabral, passando a ocupar a pasta Pedro Siza Vieira; na Cultura, Luís Filipe Castro Mendes deixou o lugar, entrando Graça Fonseca; e na Saúde, Adalberto Campos Fernandes foi substituído por Marta Temido. João Matos Fernandes passou a tutelar a área da energia, antes no Ministério da Economia, tendo tomado posse como ministro do Ambiente e da Transição Energética.

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