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OE? "É inevitável que os partidos todos estejam a pensar em eleições"

O Presidente da República pronunciou-se, na manhã desta terça-feira, a propósito da apresentação da proposta do Governo para o Orçamento do Estado de 2019.

OE? "É inevitável que os partidos todos estejam a pensar em eleições"
Notícias ao Minuto

11:10 - 16/10/18 por Patrícia Martins Carvalho

Política Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa é perentório ao afirmar que ainda é “prematuro estar a formar uma opinião” concreta sobre o documento, uma vez que ainda não o recebeu.

No entanto, o Presidente da República considera que é “inevitável” que nesta fase do ano político os partidos não estejam a pensar nas eleições.

Questionado pelos jornalistas em Nelas, no distrito de Viseu, sobre se considerava o Orçamento eleitoralista, Marcelo justificou que o “clima eleitoral começou um pouco mais cedo porque houve antecipação das eleições europeias para final de maio” e logo de seguida serão realizadas as legislativas.

Face ao exposto é “inevitável que os partidos todos estejam a pensar em eleições e, por isso, não tenham nem congressos, nem eleições internas neste período e concentrem as suas campanhas a pensar nos atos eleitorais de 2019”.

Nesta senda, Marcelo Rebelo de Sousa disse que é “evidente que, além de uma procura por justiça social acrescida pela folga que o crescimento económico e gestão orçamental permite, cada partido tente apresentar propostas diferentes que não sejam só a pensar nas eleições, mas que naturalmente têm reflexos eleitorais”.

Questionado sobre se está preocupado com o cumprimento das metas orçamentais, o Chefe de Estado frisou que Mário Centeno disse que uma “preocupação fundamental tem sido e vai ser cumprir as metas, nomeadamente do défice”, frisando que existe uma “preocupação de controlar o défice” e que “é possível” unir a meta do défice à justiça social.

“É possível utilizar folgas que vêm do crescimento económico, da redução do peso dos juros da dívida e, em geral, da gestão orçamental, para ir mais longe num conjunto de despesas sociais. É possível e, portanto, penso que esse é o exercício que está retratado neste Orçamento do Estado, mas só posso ter a noção concreta quando o tiver recebido”, rematou.

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