"OE não reflete tudo o que o Bloco propôs, mas tem medidas justas"

Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, comentou, na manhã desta terça-feira, aquela que é a proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2019.

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Patrícia Martins Carvalho
16/10/2018 11:46 ‧ 16/10/2018 por Patrícia Martins Carvalho

Política

Mariana Mortágua

 

Lembrando que este é o “quarto Orçamento do Estado que é fruto de uma negociação de alta intensidade” entre o PS e o Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua frisou que “em cada um destes quatro anos” ficou provado que “esta devolução de rendimentos se revelou ser a estratégia certa”.

E revelou ser a estratégia certa, explicou, porque é “justa” e porque “também é a melhor estratégia económica”.

“Está provado que quando se investe nas pessoas, nos rendimentos das pessoas a economia dá frutos e rendimentos que permitem então investir novamente na economia”, defendeu Mariana Mortágua, frisando que a proposta do Orçamento para o próximo ano “vai ao fundo daquilo que são as questões importantes para as pessoas”, como é o caso do “preço dos transportes”, os “manuais escolares” e a “redução da propina”.

Questionada sobre se o documento apresentado por Mário Centeno reflete tudo aquilo que o Bloco de Esquerda propôs, a deputada foi perentória: “não, não reflete”.

“Não reflete porque não ataca as rendas da energia como queríamos, não garante aos funcionários públicos a recuperação de rendimentos que queríamos, não tem o investimento público pelo qual temos lutado, mas também é verdade que tem medidas que são justas e boas para a economia”, explicou.

Quanto ao sentido de voto a assumir no Parlamento no momento da votação do OE, Mariana Mortágua lembrou que a mesa nacional do partido vai reunir-se no sábado para tomar essa decisão, mas levantou a ponta do véu sobre o tema: “Digo com toda a clareza que quem batalhou tanto para negociar este Orçamento na generalidade é apenas natural que queira continuar essa luta na especialidade”.

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