Objetivo de Centeno é "atingir valor do défice, à custa seja do que for”
Manuela Ferreira Leite apontou, no seu espaço de opinião da TVI24, aquilo que acredita serem algumas incongruências ideológicas no Orçamento do Estado para o próximo ano.
© Reuters
Política Ferreira Leite
Quando instada a comentar o debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2019, aprovada esta terça-feira, Manuela Ferreira Leite fez sobressair “um certo autoritarismo por parte do ministro das Finanças”, Mário Centeno, explicando que parece imune às preocupações que são demonstradas no debate das propostas.
“Ele tem apenas um objetivo, que é atingir o valor do défice, à custa seja do que for”, asseverou a antiga líder do PSD, no seu espaço de opinião semanal, na TVI24. Mesmo dizendo-se “convencida de que [o Governo] vai atingir o défice, até ficar mais baixo”, Ferreira Leite destacou que “não se estão a medir consequências”.
A antiga ministra das Finanças apresenta como exemplo a redução do teto máximo das propinas no Ensino Superior, que “foi a bandeira do Bloco de Esquerda”.
A medida, explicou a economista, prevê a redução “para todos, com meios financeiros ou sem meios financeiros”. No entender de Ferreira Leite, esta medida, sem apoio adicional, não tem o mesmo impacto sobre os estudantes com menos meios.
“Há, portanto, uma certa encenação. O Bloco de Esquerda fica satisfeito porque lhe foi satisfeita uma bandeira, [mas] essa bandeira tem consequências negativas do ponto de vista da Esquerda, que é não criar situações de igualdade a pessoas com mais meios financeiros ou menos meios financeiros”, indicou.
Nesta conjuntura, distinguiu a antiga líder social-democrata, “o ministro das Finanças aparece com um ar absolutamente seguro”.
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