CDS só decide entre Weber e Stubb após debate
O CDS-PP vai aguardar pelo debate entre Manfred Weber e Alexander Stubb para decidir qual dos candidatos apoia na corrida para "Spitzenkandidaten" do Partido Popular Europeu à presidência da Comissão Europeia, disse a líder centrista, Assunção Cristas.
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Política Candidatos
"Os dois têm um perfil muito diferente. Qualquer um deles tem as competências necessárias, o conhecimento e a experiência política necessários para serem presidente da Comissão Europeia. Têm experiências políticas diferentes, vêm de países distintos, por isso vamos ouvir o que têm a dizer e com particular atenção o debate entre os dois", esclareceu Assunção Cristas.
O debate, agendado para as 19:30 (menos duas horas em Lisboa) e com um limite imposto de 30 minutos, é o primeiro entre o alemão Manfred Weber e o finlandês Alexander Stubb, candidatos na corrida para "Spitzenkandidaten" do Partido Popular Europeu (PPE) às próximas eleições europeias, e o ponto alto do primeiro dos dois dias do congresso da maior família política europeia em Helsínquia (Finlândia).
A líder centrista respondia assim às questões dos jornalistas sobre a "indecisão" do partido, que na véspera da escolha entre o atual líder do grupo parlamentar do PPE e o antigo primeiro-ministro finlandês ainda não anunciou qual será o "seu" candidato".
Assumindo que a liberdade de voto é "sempre uma opção", Assunção Cristas reconheceu que o CDS-PP tinha "uma inclinação que não se confirmou por Michel Barnier", que não avançou, muito por estar a fazer "um trabalho fantástico na negociação do 'Brexit'".
Pela primeira vez, tivemos o gosto de receber os dois candidatos em Lisboa, para conversar sobre as suas perspetivas, e vimos [a Helsínquia] com muita atenção e expectativa ouvir o que vão dizer ao congresso. Nós, CDS-PP, tínhamos uma inclinação que não se confirmou por Michel Barnier, que está a fazer um trabalho fantástico na negociação do Brexit.
Assunção Cristas acentuou que o partido quer à frente da Comissão Europeia "alguém capaz de desempenhar um lugar relevante, capaz de ter uma liderança diferente para os novos tempos" que a Europa enfrenta, e defendeu que Portugal precisa "cada vez mais" de ter uma voz "muito ativa" na União Europeia.
"Uma dessas vozes ativas tem de ser junto da Comissão Europeia, sinalizando as especificidades e preocupações portuguesas, mostrando que há uma grande diversidade na Europa e que é preciso sensibilidade para todos. Sublinho que, pela primeira vez, tivemos dois candidatos a ir a Lisboa, conversar com os dois partidos que pertencem ao PPE, o que significa já uma preocupação e uma sensibilidade maior em relação à diversidade europeia", salientou.
A maior família política europeia, na qual estão integrados PSD e CDS-PP, vai escolher na quinta-feira o seu "cabeça de cartaz" às eleições europeias de maio do próximo ano, entre o atual líder do PPE no Parlamento Europeu (PE), e o antigo primeiro-ministro finlandês Alexander Stubb, que aspiram a suceder a Jean-Claude Juncker na presidência da Comissão Europeia.
O processo de designação pelo PE do presidente do executivo comunitário entre os cabeças de lista indicados pelas famílias políticas europeias (os chamados "Spitzenkandidaten", termo alemão que se pode traduzir por "candidatos principais"), segundo os resultados eleitorais, foi inaugurado por ocasião das anteriores eleições europeias, em 2014.
Antes, o presidente da Comissão era escolhido pelo Conselho Europeu - chefes de Estado e de Governo da União Europeia -, e posteriormente ratificado pelo PE, tendo Durão Barroso sido o último presidente do executivo comunitário (2004-2014) a ser indicado sem recurso ao método do "Spitzenkandidaten".
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