Câmaras unidas contra Governo? "É inevitável que o povo se defenda"
A propósito de touradas, José Ribeiro e Castro defende que "atacar" quem "pensa e sente de modo diferente" é um "insulto".
© Global Imagens
Política Ribeiro e Castro
Mais de 40 autarquias com atividade taurina estão contra a proposta de redução do IVA para espetáculos, o que excluiu as touradas.
A este propósito, o centrista José Ribeiro e Castro comentou, recorrendo ao Facebook, que é “inevitável” que povo “se defenda ”quando os governos” o atacam.
Mais, na opinião de Ribeiro e Castro “tudo isto é muito deplorável” e “uma vergonha”.
E explica o seu ponto de vista: “Está muito bem que haja pessoas que não gostam de touradas e o manifestem. Mas atacá-las com base em arrogância de 'civilização' ou porque são 'manifestação pública de uma cultura de violência e de desfrute do sofrimento animal' é um insulto intolerável a quem pensa e sente de modo diferente”.
Terminando: “Afirma-se o direito à indignação (o de Mário Soares), prepara-se o direito à resistência (o da Constituição)”.
A discussão em torno das touradas, saliente-se, tem estado acesa na sociedade portuguesa, principalmente devido à proposta de redução o IVA em espetáculos, medida que não inclui as touradas. Explicando-se no Parlamento, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, afirmou que a tauromaquia não é uma questão de gosto mas sim de civilização, afirmações que aqueceram o debate, com pedidos de demissão da ministra por parte dos aficionados.
E é neste ‘clima’ crispado que surge a carta aberta de Manuel Alegre ao primeiro-ministro em que o histórico socialista, em defesa da tauromaquia, pedia a António Costa a intervenção “a favor de valores essenciais do PS” - “o pluralismo, a tolerância, o respeito pela opinião do outro" - e que intercedesse pela descida de 6% do IVA para todos os espetáculos sem discriminar a tauromaquia.
Na resposta, o primeiro-ministro defendeu a liberdade de cada autarquia em proibir ou não autarquia, assumindo inclusive que as transmissões de touradas na RTP o “chocam”.
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