CDS cola Governo de Costa a Sócrates devido a infraestruturas
O CDS-PP "colou" hoje vários ministros de António Costa ao Governo de José Sócrates, responsabilizando-os pelos problemas financeiros que dificultam a recuperação de infraestruturas de "um país a cair aos pedaços".
© Global Imagens
Política Hélder Amaral
"As infraestruturas públicas estão, dia após dia, a colapsar", afirmou o deputado centrista Helder Amaral na abertura de uma interpelação ao Governo, na Assembleia da República, em Lisboa, em que também acusou o executivo de incompetência e falta de rigor.
A maioria dos ministros "não se pode queixar com o desconhecimento, pois são os mesmos que estão na origem do problema - a dívida escondida do PS que foi recuperada pelo governo PSD/CDS", disse.
O PS, acusou Helder Amaral, "criou o problema, conhecia-o e concordou com as soluções" do plano estratégico de transportes e infraestruturas 2014-2020.
O deputado do CDS deu o exemplo de vários ministros que estiveram no Governo de José Sócrates e estão hoje no executivo, a começar pelo primeiro-ministro, António Costa, mas também Eduardo Cabrita, Maria Manuel Leitão Marques, Pedro Marques, Ana Paula Vitorino ou Vieira da Silva.
Antes mesmo de começar o debate, o Governo informou ter lançado novos concursos de fundos europeus, no valor de 460 milhões de euros, no âmbito da reprogramação do Portugal 2020, aprovada pela Comissão Europeia no passado dia 07 de dezembro.
Segundo dados disponibilizados à agência Lusa, os 460 milhões de euros vão alavancar um investimento global de 1,2 mil milhões de euros.
A reprogramação do Portugal 2020 envolve cerca de 2,7 mil milhões de euros, dos quais aproximadamente 2,4 mil milhões de euros para três eixos principais, e vai dinamizar um investimento global de 7,3 mil milhões de euros, tinha já precisado o Ministério do Planeamento e Infraestruturas.
Nos 10 minutos de que dispunha, Helder Amaral deu uma série de exemplos para tentar provar a fragilidade da manutenção das infraestruturas em Portugal, responsabilizando o atual executivo.
Alguns exemplos são o aumento de 85% do risco de acidentes nas linhas de comboio, portos do continente com quebra de 3,8% em carga movimentada, as avarias nos comboios Alfa Pendulares, a circulação interrompida na linha do Douro devido a deslizamentos.
Outros casos são, segundo Helder Amaral, as promessas por cumprir na conclusão de troços de obras no Itinerário Complementar 6, na Estrada Nacional 125 ou nas obras na Linha do Douro.
O Estado "que falha nas infraestruturas físicas", concluiu o deputado centrista, é o mesmo que "falhou aos portugueses" nos grandes incêndios do ano passado, em Pedrogão Grande, ou em Monchique, este verão, no furto de material militar em Tancos.
"Ou mais recentemente no incompreensível colapso da estrada de Borba em que insiste em não pagar, independentemente do necessário apuramento de responsabilidades, aos familiares as indemnizações devidas", disse ainda.
O Governo minoritário do PS, concluiu, "não é capaz de garantir a segurança da população" devido às "cativações exigidas" pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, que é também presidente do Eurogrupo.
Helder Amaral voltou a responsabilizar o PS e atuais ministros, que já o tinham sido com Sócrates, pela situação do país, afirmando que sabiam, e concordaram, com o memorando da "troika" que previa a redução do serviço publico prestado pelo Estado, o aumento do IVA na eletricidade.
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