Tirar os animais dos provérbios? PAN esclarece "notícias falaciosas"
PAN esclarece que nunca referiu que iria ou que queria acabar com os provérbios com referências a animais, não tendo qualquer iniciativa sobre um assunto que considera não ser prioridade na sociedade portuguesa.
© Global Imagens
Política Esclarecimento
Na semana passada, a comunicação social deu conta de uma campanha da organização PETA que visa pôr fim ao uso de provérbios com referência a animais (‘pegar o touro pelos cornos’, ‘agarrar dois coelhos com uma cajadada só’ são dois dos exemplos).
A notícia, difundida em Portugal, levou a que o PAN fosse questionado sobre a iniciativa desta organização e daí se replicaram notícias com títulos ‘PAN quer acabar com os provérbios com referências a animais’ ou ‘Provérbios tradicionais em risco’.
Partilhadas em terreno fértil, nas redes sociais, leia-se, estes títulos originaram uma onda de comentários, que deambularam entre o humor e a indignação.
Perante isto, o PAN viu-se obrigado a vir esclarecer as “notícias falaciosas”. Refere o partido que foi contacto por órgãos de comunicação social para dar o seu parecer sobre a campanha da PETA sobre frases e provérbios com refrências a animais nos EUA, “um país com um contexto legislativo e sociocultural bastante diferente do português”. Uma vez contactado, “em momento algum o PAN defendeu ou disse que acompanhava a campanha americana da PETA, nem sequer referiu que iria ou queria alterar provérbios com referências a animais”.
O partido realça que a resposta a esta questão “foi e é simples”: "O PAN não vai apresentar nenhuma iniciativa sobre este assunto e considera que este não é um tema prioritário na sociedade portuguesa, apesar de perceber que atualmente existe vontade de reflexão social sobre este tipo de questões associadas a discursos que veiculam a violência, de forma mais ou menos consciente, reflexão que pode ser relevante para as/os ativistas que trabalham nesta área”.
No entender do partido, a resposta dada aos órgãos de comunicação “foi extrapolada e deturpada no sentido de se fazerem interpretações com contornos políticos perigosos e analogias a situações de fundamentalismos e autoritarismos que não correspondem à verdade”, considerando que os títulos das notícias (que não são compatíveis com o conteúdo) “apelam à indignação”.
E, nesse sentido, o PAN sublinha que “defende a liberdade, a criatividade e o humor a que estes e outros movimentos sociais recorrem para fazerem ouvir as suas vozes e perspetivas”, assim como defende “a liberdade de cada pessoa para concordar ou discordar com estas e outras vozes e apresentar alternativas”. “Esta é a única atitude possível para preservar os valores democráticos e não violentos num mundo cada vez mais polarizado”, remata.
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