"É inaceitável um partido em Portugal felicitar Nicolás Maduro"
O deputado socialista Carlos Pereira, natural da Madeira, criticou hoje o PCP por felicitar Nicolás Maduro, referindo a violência a que o regime venezuelano submete os seus cidadãos, muitos lusodescendentes provenientes da Região Autónoma da Madeira.
© Global Imagens
Política Carlos Pereira
"É inaceitável que um partido em Portugal tenha a ousadia de felicitar Nicolás Maduro no contexto atual. É uma provocação quase gratuita em troca de algo difícil de compreender", afirma Carlos Pereira na rede social Facebook.
O PCP criticou na semana passada a decisão do governo português de não se fazer representar na posse do Presidente da Venezuela, salientando que Nicolás Maduro foi legitimamente eleito para um novo mandato de seis anos.
Para Carlos Pereira, um dos vice-presidentes da bancada parlamentar do PS, "o que se passa na Venezuela não é ficção. Afeta gente de carne e osso, seres humanos sujeitos a violência de vária ordem tornando insuportável a vida do quotidiano".
"Sou madeirense e naquele país vivem centenas de milhares de concidadãos que ajudaram a construir aquele país com suor e lágrimas, respeitando sempre as orientações políticas decididas pelos venezuelanos", acrescenta do deputado do PS.
A defesa "obsessiva de uma visão ideológica [do PCP] não pode ser compatível com uma prática que violenta os cidadãos", critica ainda Carlos Pereira.
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi empossado no dia 10 de janeiro para um novo mandato de seis anos e no juramento disse que vai continuar a construir o socialismo do século XXI.
Nicolás Maduro, de 56 anos, e sucessor do falecido líder socialista Hugo Chávez (Presidente entre 1999 e 2013) recebeu a faixa presidencial das mãos do presidente do STJ, Maikel Moreno.
Um dia depois das eleições, a oposição venezuelana questionou os resultados, alegando irregularidades e o desrespeito pelos tratados de direitos humanos e a Constituição da Venezuela.
A crise político-económica e social levou, segundo dados das Nações Unidas, a que cerca de 3 milhões de venezuelanos tenham abandonado o país, desde 2015, para vários continentes, mas principalmente para países vizinhos.
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