Hugo Soares acusa Mota Pinto de dar "triste espetáculo"
O ex-líder parlamentar social-democrata Hugo Soares acusou hoje o presidente da Mesa do Conselho Nacional do PSD, Paulo Mota Pinto, de dar um triste espetáculo, mas garantiu que, qualquer que seja o resultado, não sai derrotado.
© Paulo Jorge Magalhães / Global Imagens
Política Conselho Nacional
"O que eu sei é que o triste espetáculo que o presidente do Conselho Nacional está a dar, e que o presidente do partido permitiu que fosse dado até a esta hora, é manifestamente lamentável, mas amanhã sairemos todos mais fortes", afirmou, acusando Paulo Mota Pinto, de "teimosia inusitada".
Apesar do "triste espetáculo", o social-democrata enalteceu a posição do presidente do PSD, Rui Rio, que apelou a que a moção de confiança à sua direção fosse decidida por voto secreto, lamentando, contudo que "tivesse sido precisa toda uma noite" para que isso acontecesse.
"Foi preciso uma noite inteira e um parecer do Conselho de Jurisdição para que, agora, o presidente da Mesa [Paulo Mota Pinto], mesmo depois de um apelo final, contrariado, do presidente do partido, chegarmos a este triste espetáculo que é o presidente do Conselho Nacional ainda querer que a esta hora hajam decisões de braço no ar sobre a metodologia do trabalho. Absolutamente inacreditável", acrescentou.
O ex-líder parlamentar do PSD lembrou ainda que tinha pedido ao Conselho de Jurisdição um parecer, que leu no Conselho Nacional, e que dizia taxativamente que, face aos regulamentos, a votação devia ser secreta.
"Lamentavelmente, o Conselho de Jurisdição teve que abandonar a sala porque o presidente da Mesa não aceitou a decisão do Conselho de Jurisdição", afirmou.
Hugo Soares considerou, contudo, o PSD sairá mais forte para disputar as eleições com o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa", algo que só acontece, sublinhou, "porque houve um punhado de militantes, que são muitos, que tiveram a coragem de dizer ao presidente do partido que este não era o caminho e de o espicaçar para aquilo que ele precisa".
"Não é nenhuma confissão de derrota. Não faço ideia qual seja o resultado, como sabem eu nunca pedi a Rui Rio para vir aqui discutir nada. O que nós pedimos a Rui Rio era uma eleição direta com todos os militantes e, portanto, nunca deste Conselho Nacional, seja qual for a decisão, sairei daqui derrotado", explicou o ex-líder parlamentar do PSD.
"O partido estava adormecido e hoje está mais vivo que nunca", acrescentou.
O Conselho Nacional do PSD decidiu hoje, de braço no ar, por larga maioria, que a moção de confiança à direção de Rui Rio seria decidida por voto secreto.
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