CDS desafia partidos a apresentarem já propostas para pacto da justiça
O CDS-PP desafiou hoje os restantes partidos a apresentarem as suas propostas para pacto da Justiça, lançado em 2017 pelo Presidente da República e que tem leis a aguardar votação no parlamento há nove meses.
© Global Imagens
Política Nuno Magalhães
"Vamos desafiar os partidos para que, de uma vez por todas, se agende um debate sobre justiça e cada um venha a jogo, dizendo o que pensa" e o que propõe, afirmou o líder parlamentar centrista, Nuno Magalhães, na abertura das jornadas parlamentares do CDS, hoje em Braga.
Há cerca de nove meses, recordou, foi pedido pelos partidos ao CDS que, em nome do "consenso nacional", se aguardasse, mas já passaram "um, dois, quatro, cinco, nove meses", nada aconteceu e, por isso, fez o desafio às restantes bancadas.
"É tempo de dizer basta", disse ainda, acrescentando que "é através do voto que se decide em democracia".
No seu discurso, em que apresentou o CDS como um partido que está "a liderar a oposição", Nuno Magalhães insistiu nas críticas ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, por ter dito que "o país está sereno" após os incidentes em Lisboa e Setúbal que se seguiram aos distúrbios no bairro Jamaica, no Seixal.
Portugal "está muito pouco sereno" e "deve estar muito preocupado por o ministro estar sereno", ironizou Nuno Magalhães.
O país vê, "noite após noite, atos de vandalismo e incidentes", como os que aconteceram na semana passada, e com os partidos de esquerda que apoiam o Governo a ser "complacentes com esses atos", sem que nem o primeiro-ministro nem o ministro "tomem medidas firmes".
Tal como Assunção Cristas fez de manhã, que ignorou uma pergunta dos jornalistas sobre a hipótese de visitar o bairro Jamaica, também Nuno Magalhães não se referiu à visita do fundador do partido Aliança, Pedro Santana Lopes, aquela zona.
E horas depois de visitar o hospital de Braga, que deverá deixar de ser uma parceria público-privada em agosto, o líder parlamentar centrista acusou o Governo de lançar "mais um saque", como o que, disse, está a ser feito às empresas através dos impostos, e neste caso à saúde.
"Troca o certo por incerto, troca serviços de excelência pelo incerto", com base em critérios de "puro fanatismo ideológico de que o Governo está refém", afirmou.
As jornadas parlamentares do CDS começaram hoje com a União Europeia e a segurança na agenda, estando previstos debates sobre os fundos de coesão, e são encerradas na terça-feira pela presidente do partido, Assunção Cristas.
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