"Bloco está a fazer um tremendo favor a Salgado e aos seus cúmplices"
O deputado Carlos Abreu Amorim saiu, esta terça-feira, em defesa do atual governador do Banco de Portugal que está debaixo de ‘fogo’ devido às decisões por si tomadas enquanto administrador da Caixa Geral de Depósitos entre 2004 e 2006.
© Global Imagens
Política Carlos Abreu Amorim
Muito se tem falado de Carlos Costa e dos créditos duvidosos aprovados pela sua administração da Caixa Geral de Depósitos. O Bloco de Esquerda, na pessoa da deputada Mariana Mortágua, já pediu a exoneração do governador do Banco de Portugal por considerar que o dirigente “não cumpre as condições de escrutínio e isenção” para continuar no cargo, o que levou o social-democrata Carlos Abreu Amorim a acusar os bloquistas de ajudarem Ricardo Salgado.
Para o deputado do PSD, “dolosamente ou não, o Bloco está a fazer um tremendo favor [a] Ricardo Salgado e aos seus cúmplices”, pois “este esforço de imolação precoce do governador do Banco de Portugal” fará com que “Carlos Costa esteja desacreditado e vencido quando chegar a hora do julgamento”.
E, por isso, o social-democrata sai em defesa do governador do regulador da banca nacional, considerando que “por mais voltas que se queira dar ao que Carlos Costa fez ou deixou de fazer, um facto é inegável: foi ele o agente direto da queda de Ricardo Salgado que era, há muito, o verdadeiro dono de Portugal D´Aquém e D´Além da banca”.
Ao fazê-lo, [Salgado] revelou uma coragem que poucos teriam nas mesmas circunstâncias. E, claro, gerou uma animosidade que só tem crescido com os desenvolvimentos conhecidos das investigações criminais em curso
Carlos Abreu Amorim considera que o “Bloco de Esquerda está a ser o Bloco de Esquerda” ao querer “antecipar as suas conclusões e condenar responsáveis antes de estes serem ouvidos” e, por isso, ressalva que “importa agora que os partidos responsáveis sejam firmes e não cedam a este populismo manipulado nas sombras, nomeadamente o PSD”.
E nesta senda, o social-democrata aproveita ainda para deixar um recado ao seu próprio partido: “O meu partido tem de se afirmar orgulhoso da sua história recente, saber estar à altura da atitude de Passos Coelho neste caso de regime, desmascarar os conluios escondidos que continuam a subsistir entre os mundos da política e da finança e de que quase ninguém suspeita”.
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