Sócrates considera "estapafúrdio" pedido de Emídio Guerreiro à PGR
O antigo primeiro-ministro José Sócrates considerou hoje "estapafúrdia" a posição anunciada pelo presidente da comissão de inquérito sobre rendas na energia, o social-democrata Emídio Guerreiro, de pedir apoio à Procuradoria-Geral da República para lhe enviar perguntas.
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Política Comissão de inquérito
"Não deixa de ser irónico que tal aconteça exatamente no mesmo dia em que recebi da Assembleia da República, por via postal (já antes tinha recebido por correio eletrónico), o convite que todos os anos me endereça para participar nas cerimónias comemorativas do 25 de Abril", referiu o antigo líder dos executivos socialistas entre 2005 e 2011, numa nota enviada à agência Lusa.
A nota enviada à agência Lusa por José Sócrates é acompanhada em anexo pelo convite que os serviços do protocolo da Assembleia da República lhe endereçaram para estar presente no próximo dia 25, na sessão solene do parlamento, na cerimónia comemorativa do 45.º aniversário da revolução.
Horas antes, em declarações à agência Lusa, o presidente da comissão de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade adiantou que vai ser solicitado "o apoio à Procuradoria-Geral da República" para ajudar no contacto ao ex-primeiro-ministro socialista.
"[José Sócrates] tem que ser contactado para esse efeito e até agora não o tem sido pelo que a comissão deliberou também socorrer-se de serviços externos à própria Assembleia da República no sentido de o poder contactar e o próprio prazo de dia 15 de maio, que foi o dia fixado para o fecho da comissão, já comportará os prazos razoáveis para ser contactado e, sobretudo, também para responder, conforme está previsto na legislação", justificou.
Perante esta declaração de Emídio Guerreiro, José Sócrates respondeu, classificando-a como "estapafúrdia" e "mal-educada".
"Para não perder muito tempo com tão lamentável incidente, o que tenho a dizer é que a desculpa é estapafúrdia e a declaração mal-educada, o que, verdadeiramente, não me surpreende. Verifico, finalmente, que a nenhum jornalista causou perplexidade o facto de a comissão fazer perguntas depois de divulgar o seu projeto de relatório. Enfim, todo um novo tempo na política", acrescentou.
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