Golas inflamáveis? "Mais um ponto negativo na atuação do Governo"

Rui Rio defendeu que, a ser verdade, a situação da compra e distribuição das golas antifumo inflamáveis é "extremamente grave".

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Filipa Matias Pereira
28/07/2019 12:18 ‧ 28/07/2019 por Filipa Matias Pereira

Política

Golas inflamáveis

A polémica das golas antifumo inflamáveis que a Proteção Civil distribuiu no âmbito dos programas 'Aldeia Segura' e 'Pessoas Seguras' continua dar que falar. O líder do principal partido da oposição do Governo já reagiu e classificou a situação, a "ser verdade", de "extremamente grave". 

Na Madeira, onde participa este domingo pela segunda vez na festa dos sociais-democratas que se realiza na Herdade do Chão da Lagoa, Rui Rio defendeu que, para além de "uma questão política", este tema deve ser analisado pelo "Ministério Público", a quem "compete ver em que termos as coisas foram feitas".

A empresa que as forneceu, recordou, "dedica-se ao turismo e vendeu um produto que nada tem que ver com turismo". Depois, "é um produto para usar durante um incêndio que é inflamável e que custou muito mais do que aquilo que é o preço de mercado". Para além destes aspetos, "foi comprado a uma empresa detida por alguém que é familiar de um autarca do PS".

Este é, como considerou o social-democrata, "mais um ponto negativo naquilo que tem sido a atuação do Governo, neste caso em concreto no combate aos incêndios e na proteção das populações que é muito relevante. As pessoas têm sofrido muito".

Recorde-se que Rui Rio já tinha reagido na rede social Twitter: "Comprar material inflamável para usar durante um incêndio? Nem sei bem o que dizer".

As 70 mil golas antifumo, fabricadas com material inflamável e sem tratamento anticarbonização, custaram 125 mil euros. Fabricadas em poliéster, não terão a eficácia que deveriam ter: evitar inalações de fumos através de um efeito de filtro. 

O Ministério Público já ordenou entretanto um "inquérito urgente" à compra das golas antifumo inflamáveis. 

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