Duarte Marques pede inquérito a golas inflamáveis. "Iriam rolar cabeças"

O deputado social-democrata defende a necessidade de realizar de um inquérito para apurar "de facto o que se passou na ANPC mas também na tutela política". Duarte Marques refere-se, em concreto, à polémica das golas inflamáveis.

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Filipa Matias Pereira
29/07/2019 08:15 ‧ 29/07/2019 por Filipa Matias Pereira

Política

Golas inflamáveis

O tema das golas antifumo inflamáveis "cheira cada vez pior". Quem o diz é Duarte Marques, numa posição que partilha na sua página oficial de Facebook.

Recorda o social-democrata que, "segundo o Governo, parece que agora a culpa é da Proteção Civil". Perante a situação, o deputado lamenta que "nesta, e em tantas outras situações, a ANPC não se dê ao respeito e continue a cometer erros por seguir decisões políticas do ministro da Administração Interna e do Governo que deveriam ser deixadas para os operacionais e não para os políticos".

Para Duarte Marques, "os factos são evidentes". Questiona, retoricamente, o social-democrata: "Quem teria pressa na propaganda?". Ora, alega, "decerto não seria a ANPC, que teria preferido usar esse dinheiro para, por exemplo, pagar os combustíveis em dívida aos bombeiros e investir em equipamento".

O deputado vai ainda mais longe. "Será que foi a ANPC que se lembrou de consultar uma empresa da terra do secretário de Estado ou outra do marido de uma autarca socialista?". Acredita Duarte Marques que, perante as circunstâncias, "Cabrita vai ter a sua oportunidade de fazer o que sempre desejou: correr com Mourato Nunes e arranjar assim um bode expiatório".

Duarte Marques apela a que as autoridades competentes levem a cabo "um inquérito", por forma a investigarem "de facto o que se passou na ANPC mas também na tutela política. Aposto que se violaram muitas regras e cheira-me que iriam rolar muitas cabeças". 

A respeito do tema, recorde-se que as 70 mil golas antifumo, fabricadas com material inflamável e sem tratamento anticarbonização, custaram 125 mil euros. Fabricadas em poliéster, não terão a eficácia que deveriam ter: evitar inalações de fumos através de um efeito de filtro.

Perante a situação, o Ministério Público ordenou entretanto um "inquérito urgente" à compra das golas antifumo inflamáveis. Por sua vez, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) reagiu à polémica, alegando que "os materiais distribuídos no âmbito Programas ‘Aldeia Segura' e ‘Pessoas Seguras’ não são materiais de combate a incêndios nem equipamentos de proteção individual”

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