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"Parece que toda a gente está à procura de uma crise e não de solução"

Catarina Martins faz um apelo à serenidade, numa altura em que a greve dos motoristas de matérias perigosas prevista começar na segunda-feira já está a causar fias de espera nos postos de abastecimento e transtornos em todo o país.

"Parece que toda a gente está à procura de uma crise e não de solução"
Notícias ao Minuto

17:28 - 09/08/19 por Melissa Lopes

Política Combustíveis

A coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu esta sexta-feira que é “preciso fazer um grande apelo à serenidade e saber onde está o essencial” na greve dos motoristas de matérias perigosas que está prevista arrancar, por tempo indeterminado, na segunda-feira, dia 12.

“Neste momento, é preciso fazer um grande apelo à serenidade e a saber onde está o essencial. Quando oiço as várias partes, parece que toda a gente está à procura de uma crise, em vez de se estar à procura de uma solução”, criticou Catarina Martins em declarações aos jornalistas à margem de uma visita a Mação.

Questionada sobre os serviços mínimos fixados pelo Governo e que variam de 50 a 100%, a bloquista reconheceu que “em certas áreas fundamentais compreende-se que haja serviços mínimos alargados”. Já noutros setores, ressalvou, “isso não se compreende”, deixando claro queentorses ao direito de greve não são aceitáveis”.

A coordenadora do Bloco lembrou que é preciso resolver o problema deste grupo de trabalhadores que recebe boa parte da remuneração fora do salário, ou seja, sem descontos para a Segurança Social (SS) e diz que o foco das partes envolvidas está a desviar-se do que é essencial, criticando a "intransigência" que se tem verificado no processo negocial

“Chamo a atenção que a intransigência que se está a colocar e que está a servir, por um lado, para aqueles que querem atacar o direito à greve e, por outro lado, causa alguma incompreensão porque estamos a falar de matérias para 2021, e como nós ainda estamos em agosto de 2019, temos todo o tempo para a solução", vincou.

E a solução, completou, "é um novo contrato coletivo de trabalho que determine que o rendimento destes profissionais é digno e todo ele sujeito aos descontos devidos para proteger o direito à carreira contributiva e o direito à reforma". 

"Para que isso aconteça, e para que em 2021 que se chegue aos objetivos que já tinham sido traçados tanto pelos sindicatos como pelas entidades patronais, é preciso negociar e há tempo. Se toda a gente estiver interessada numa solução em vez de uma crise, seguramente seremos capazes de ter um novo contrato coletivo de trabalho que respeite os trabalhadores, isso é o essencial e é nisso que toda a gente devia estar concentrada neste momento", insistiu a bloquista

Questionada sobre a antecipação da crise energética, que entra em vigor às 23h59 desta sexta-feira, Catarina Martins referiu que "o Governo terá de fazer o que for fundamental para o país funcionar em setores essenciais", mas não deixou de criticar "algumas medidas que parecem claramente exageradas".

"Compreendo que haja medidas fundamentais que tem de ser tomadas num setor tão sensível, mas devo dizer também que vejo algumas medidas que me parecem claramente exageradas face às necessidades", atirou, por fim. 

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