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Por Mação, Catarina Martins vê “paisagem absolutamente desoladora"

Coordenadora do Bloco de Esquerda defende que é preciso garantir que os apoios “chegam a toda a gente”, isto é, incluindo aqueles que se dedicam a uma agricultura de subsistência.

Por Mação, Catarina Martins vê “paisagem absolutamente desoladora"
Notícias ao Minuto

18:02 - 09/08/19 por Melissa Lopes

Política Incêndios

Catarina Martins dedicou esta sexta-feira a uma visita a Mação, um concelho afetado pelo maior incêndio registado este ano. Mas não só. “Tem sido um dos concelhos que teve grandes fogos nos últimos anos”, lembrou a bloquista em declarações aos jornalistas, sinalizando “dois problemas” que para o Bloco são “urgentes”.

“Por um lado: apoiar quem perdeu tudo num incêndio - e nós sabemos que o Governo já pôs em marcha medidas para apoiar produtores e ainda bem - mas precisamos também de apoiar aquelas pessoas que têm pequenos terrenos, agricultura de subsistência, que completam pensões mínimas rurais muito baixas e que não estão contempladas ainda nestas formas de apoio”, defendeu.

Nesse sentido, acrescentou, “precisamos de garantir que o apoio chega a toda a gente”.

Por outro lado, no entender de Catarina Martins, “Mação é o exemplo do que falta fazer na organização da floresta” e de que não basta trabalhar na prevenção.

“Foi feita a prevenção, foi feito muito trabalho e mesmo assim não chega. Não chega porque a floresta não está organizada”, apontou, recordando que, por iniciativa do BE, a legislação prevê hoje unidades de gestão florestal, mas para que passem da lei e sejam “realidade” é preciso que haja no terreno “apoios concretos” que não se têm verificado.

“Precisamos mesmo de alterar a nossa floresta para que os incêndios não sejam uma tragédia que se repete todos os verões com esta dimensão. Estamos no concelho que nos mostra que não basta a prevenção e o combate, é mesmo preciso mudar a floresta”, reforçou, descrevendo a paisagem que viu no concelho como “absolutamente desoladora”.

“Ficamos contentes com o trabalho que foi feito ter permitido proteger as pessoas e na generalidade as casas de habitação, isso é importante. Esse trabalho foi feito mas precisamos de mais. É preciso responder a quem tem menos e a quem está mais vulnerável e precisamos de lançar de uma forma determinada o banco de terras e as unidades de gestão florestal com apoios no terreno, não pode estar só na lei”, insistiu.

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