A posição da Comissão Política foi manifestada numa moção votada durante uma reunião realizada esta noite e cuja redação final será divulgada na sexta-feira.
A votação decorreu por voto secreto entre os 18 elementos presentes.
"Formalmente ainda não recebemos a parte da informação escrita do pedido de inscrição. Só quando ele chegar é que podemos responder por escrito. No entanto, a Comissão Política já tomou posição", explicou o líder da concelhia.
Questionado sobre a possibilidade de António Capucho poder apresentar um pedido de admissão noutra secção do PSD, Manuel Basílio de Castro afirmou ser possível: "Pode apresentar a admissão em qualquer outro ponto do país e depois segue os mesmos preceitos".
Primeiro pronuncia-se a comissão política da respetiva secção, depois o processo segue para os órgãos centrais, podendo haver recurso para o conselho jurisdicional e para os órgãos nacionais do partido.
A aprovação da moção define as razões que fundamentam o parecer desfavorável.
Contactado pela Lusa, António Capucho escusou-se a comentar a decisão da Concelhia de Cascais até falar com o presidente do PSD, Rui Rio.
"Para já não comento, porque ainda não falei com o presidente do partido. Nos termos estatutários posso candidatar-me em qualquer secção do país, mas não tomei qualquer decisão. Por uma questão de ética, não comento até falar com o presidente", declarou.
Esta semana, o PSD anunciou que António Capucho vai regressar ao partido, referindo-se ao ex-presidente da Câmara de Cascais como um "militante histórico" que ajudou a fundar o PSD, em 1974, tendo a nova ficha de militante dado entrada na sede social-democrata.