Já encerraram as urnas na Madeira. De acordo com a projeção da RTP/Católica, o PSD venceu as eleições, mas perdeu a maioria absoluta, tendo alcançado entre 37% e 41% (19 a 23 eleitos), não conseguindo os 24 deputados necessários.
O PS ficou em segundo lugar com uma votação entre 34% e 38% dos votos dos madeirenses (17 a 21 eleitos). Em terceiro lugar, terá ficado o CDS com uma votação entre 5% a 7% (2 a 3 eleitos).
Os restantes partidos, segundo a mesma projeção, ficam posicionados da seguinte forma: JPP com 3%-5% (2 a 1 eleitos); BE com 1%-3% (1 a 0 eleitos); CDU com 1%-3% (1 a 0 eleitos) e PAN com 1%-2% (1 a 0 eleitos).
“Esta projeção vem no seguimento das sondagens. Na campanha eleitoral não pedimos maioria absoluta, pedimos uma maioria expressiva, querendo com isso referir que era necessário uma solução de estabilidade para a Região Autónoma da Madeira”, reagiu Tranquada Gomes, número 3 da lista do PSD, na sede do partido no Funchal.
Ainda com cautela, Tranquada Gomes sublinha que o que é facto é que "o PS não consegue ter mais votos que o PSD, que continuará a ser a força dominante na Região Autónoma".
Do lado do PS, apesar de todos os cenários estarem ainda em aberto, o sentimento já é de conquista. "O que nos resta é aguardar pelos resultados finais. [Isso] não invalida que mantenhamos a nossa confiança que, depois de termos o melhor resultado da história do PS na Madeira, como indica esta projeção, e de temos triplicado a nossa representação parlamentar, possamos iniciar um tempo novo, uma nova fase de desenvolvimento, com novos rostos", disse João Pedro Vieira aos jornalistas.
Sublinhando que a projeção deixa o partido "confiante", o socialista afirmou que o "PS/Madeira manter-se-á calmo, tranquilo e na expectativa de ter o melhor resultado de sempre de 43 anos e de estarmos em condições de iniciar um ciclo de mudança".
A projeção da RTP aponta para uma taxa de abstenção entre 41% e 46%.
Em 2015, os resultados das legislativas regionais permitiram ao PSD manter, por um deputado, a maioria absoluta - com que sempre governaram a região -, ocupando 24 lugares na assembleia legislativa. O atual parlamento é ainda composto por CDS (sete deputados), PS (cinco), JPP (cinco), CDU (dois), BE (dois), PTP (um) e um deputado independente/não inscrito.
Há quatro anos, nas eleições antecipadas - devido à demissão do então presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim -, a abstenção foi 50,42%.
PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para as eleições de hoje, com um círculo único.