"O lápis azul chegou à campanha pela mão do PS", critica Fernando Negrão
O líder da bancada parlamentar do PSD teceu críticas à forma como a discussão sobre o caso Tancos está a ser feita no decorrer da campanha eleitoral, acusando o PS de “lápis azul”.
© Global Imagens
Política Fernando Negrão
Depois de ter sido conhecida a acusação do ex-ministro da Defesa, Azeredo Lopes, Rui Rio convocou ao final da tarde de quinta-feira os jornalistas para se pronunciar, aí sim, sobre os desenvolvimentos do caso Tancos. Para o líder do PSD, “é pouco credível” que o primeiro-ministro não tivesse conhecimento dos passos dados pela Polícia Judiciária Militar no ‘achamento’ das armas.
Às críticas de Rio, Costa respondeu acusando o líder do principal partido da oposição de "sacrificar aquilo que são princípios fundamentais da forma de estar na vida política, envergonha-se a si próprio em vez de atacar quem quer atingir”.
“A mim o Dr. Rui Rio não me atingiu. Atingiu a dignidade desta campanha eleitoral e temo que tenha desiludido muitos que o viam como uma pessoa de princípios que não mudam de dois em dois dias”, atirou.
Esta sexta-feira, Fernando Negrão acusa o PS de, ao desviar-se do assunto Tancos, estar a usar “lápis azul”.
“O lápis azul chegou à campanha eleitoral pela mão do PS. Proibido discutir temas que incomodem o PS. Quem o fizer está a atentar contra a dignidade da democracia. Proibido criticar o líder do PS. Quem o fizer está a desvirtuar a democracia. A democracia é o PS. O resto que se cuide!”, lamenta numa publicação no Facebook.
No total, o Ministério Público acusou 23 arguidos no caso do furto e da recuperação das armas do paiol da base militar de Tancos.
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