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Livre rejeita "convergência bilateral" e defende "união" à Esquerda

A reunião entre António Costa e o partido Livre já terminou. À saída, Joacine Katar Moreira, deputada eleita nesMestrastas eleições, reafirmou que o seu partido não tem, neste momento, interesse numa convergência bilateral com nenhum partido. O Livre defende, antes, uma união multipartidária à Esquerda.

Livre rejeita "convergência bilateral" e defende "união" à Esquerda
Notícias ao Minuto

11:29 - 09/10/19 por Melissa Lopes com Lusa

Política Livre

Foi o início de um diálogo que consideramos absolutamente necessário à Esquerda e valorizamos imensamente a visita do senhor primeiro-ministro ao nosso partido e especialmente o interesse numa hipótese de trabalho com um partido com uma única deputada”, começou por assinalar Joacine Katar Moreira em declarações aos jornalistas, após a reunião com António Costa na sede do partido.

A deputada do partido que se estreia no Parlamento realçou que o Livre “tem todo o interesse em contactar e em falar com todos os partidos políticos com uma ótica democrática”. No entanto, sublinhou, “neste exato momento, não temos o interesse numa convergência bilateral com nenhum”. 

“Mas consideramos absolutamente necessário que haja uma continuação de uma convergência e defendemos e estamos disponíveis a participar numa união à esquerda que seja uma união multipartidária, posicionou-se.

Por seu turno, o primeiro-ministro indigitado esta terça-feira destacou que, não havendo o tal acordo multilateral que o Livre defende, os dois partidos irão “trabalhar relativamente a cada uma das medidas que o Governo apresentar, designadamente os Orçamentos do Estado”, assim como as que o Livre apresentar.

Seja como for, há matérias onde a convergência entre PS e Livre “é possível”, disse António Costa, dando como exemplos a questão da lei da nacionalidade, a presença na União Europeia e a necessidade de se avançar relativamente ao New Green Deal.

Por isso, não havendo um acordo bilateral, como não é desejo do Livre nesta altura, “há campo de trabalho para fazer ao longo desta legislatura”, destacou o secretário-geral do PS, que não contará com uma moção de rejeição do seu programa da parte do Livre.

Do lado do Livre, houve a garantia de diálogo e de conversação numa governação que perdure até ao fim.

Óbvio que um partido que andou alguns anos a incentivar e a defender uma convergência ache absolutamente necessário que neste momento haja uma, especialmente no âmbito institucional em que há outras ideologias que não nos interessam, nós iremos contribuir, negociar, conversar, dialogar com o objetivo que o Executivo cumpra não unicamente os quatro anos da sua legislatura, é necessário entendermos que no ato eleitoral, os portugueses não elegeram um Executivo de 2019 a 2021”.

O Livre foi o primeiro dos partidos de Esquerda a receber o primeiro-ministro. António Costa e a respetiva delegação do PS seguiram para a sede do PAN.

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