PEV apoiará PS em propostas que prossigam "caminho" iniciado em 2015

Mas "não há qualquer documento escrito", garantiu José Luís Ferreira.

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Filipa Matias Pereira
09/10/2019 15:29 ‧ 09/10/2019 por Filipa Matias Pereira

Política

Eleições

António Costa reuniu-se, ao início da tarde desta quarta-feira, com o Partido Ecologia Os Verdes (PEV) para dialogar sobre condições de estabilidade governativa a partir do novo quadro parlamentar saído das eleições legistas de domingo.

Em declarações aos jornalistas, os líderes partidários revelaram que "não há qualquer documento escrito", mas Os Verdes estão disponíveis para "votar todas as propostas que" no entendimento do partido "possam prosseguir o caminho que se iniciou há quatro anos".

Acrescentou José Luís Ferreira que esse caminho passa por "trazer justiça social e equilíbrio ambiental" e por propostas "que encontrem expressão nos compromissos que assumimos com os portugueses". 

O deputado dos Verdes vincou ainda que, em 2015, o acordo que deu origem à Geringonça foi uma exigência do então Presidente da República, Cavaco Silva. Este ano, acrescentou, Marcelo Rebelo de Sousa "disse que não ia fazer exigências dessa natureza". 

Está agendada para a noite desta quarta-feira uma reunião da comissão executiva do PEV que deverá analisar o apoio ao PS em propostas do Orçamento do Estado e de eventuais moções de censura e de rejeição. 

Já António Costa frisou que o PEV, "tal como o PS, faz uma avaliação positiva da colaboração conjunta da legislatura anterior". De acordo com o primeiro-ministro, foram ainda "identificados pontos que o PEV considera importante que tenham expressão e continuidade na próxima legislatura". 

Recorde-se que na noite eleitoral de domingo, o secretário-geral do PS disse ser seu objetivo formar um Governo estável de legislatura, repetindo entendimentos políticos com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV, e alargando-os agora a forças como o PAN e o Livre.

No entanto, caso uma solução alargada no horizonte de uma legislatura se revele inviável, o líder socialista admitiu governar com acordos pontuais, dizendo que então teria de "trabalhar dia a dia" para manter a estabilidade política no país.

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