À saída da sede do Bloco, António Costa falou aos jornalistas referindo que se tratou de "uma reunião muito produtiva que permitiu avaliar quais são as condições de trabalho em conjunto na próxima legislatura" e em que houve convergência "quanto à vontade mútua de prosseguir o trabalho conjunto que tivemos na legislatura anterior".
Quanto aos moldes concretos em que o trabalho em conjunto será feito, o primeiro-ministro indigitado afirmou que "é algo que iremos continuar a avaliar", sendo que, "nos próximos dias, teremos reuniões de trabalho para ver quais são as condições de convergência que permitam um grau de compromisso".
Para Costa, o que é essencial "é ter ficado claro que, no horizonte da legislatura, há vontade comum de trabalhar em conjunto e dar continuidade àquilo que foi a experiência desenvolvida na legislatura anterior".
Quanto aos "termos concretos - se será com documento escrito ou não - neste momento é prematuro dizer. Quer de uma parte quer de outra avaliámos que não é essencial qual é a forma em que essa cooperação existe, mas vamos trabalhar e começámos a trocar pontos de vista sobre quais são os pontos essenciais para uns e para outros", considerou o primeiro-ministro indigitado.
Já Catarina Martins disse que "o Bloco apresentou a proposta de um caminho para um entendimento que possa ser plasmado no programa do Governo e que garanta estabilidade à vida das pessoas e, portanto, reforce uma solução política de horizonte de legislatura com as medidas que todo o País conhece", porque as anunciou publicamente.
Nesta reunião, explicou a líder do Bloco, foram debatidas "as possibilidades de caminho, apresentamos um início de proposta de negociações para um entendimento inicial".
O PS "analisará a proposta que o BE fez e, em todo o caso, repetimos também a disponibilidade do Bloco de Esquerda - caso este entendimento inicial não seja possível - para negociar legislação e para negociar Orçamentos do Estado ao longo destes quatro anos", concluiu Catarina Martins.