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"Para o PS, a Geringonça não morreu"

Duarte Cordeiro esclareceu a posição do Partido Socialista (PS), numa declaração esta sexta-feira, e respondeu à coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

"Para o PS, a Geringonça não morreu"
Notícias ao Minuto

20:05 - 11/10/19 por Catarina Correia Rocha com Lusa

Política Duarte Cordeiro

Para o PS, a Geringonça está viva. Duarte Cordeiro fez uma declaração, esta sexta-feira, onde referiu que "para o PS a geringonça não só não morreu como existe total disponibilidade para trabalhar com os vários partidos nos moldes e nos termos que temos vindo a trabalhar e tão bons resultados deram para Portugal"

Questionado sobre os avisos que a direção do Bloco de Esquerda deixou ao PS sobre as consequências negativas para a estabilidade política resultantes da ausência de um acordo escrito de legislatura entre as duas forças políticas, Duarte Cordeiro referiu que, "do lado do PS, vemos essa reação como manifestamente exagerada".

"De todo o modo, o mais importante foi o final da intervenção de Catarina Martins, manifestando vontade para continuar a trabalhar e sinalizando que haveria em breve uma reunião" na próxima terça-feira, ressalvou  socialista.

Para a hipótese de acordo de quatro anos, "o Bloco de Esquerda apresentou um conjunto de pressupostos prévios, com especial incidência nas matérias de legislação de trabalho, sem os quais não haveria condições para negociação de um entendimento escrito".

"Na quinta-feira, antes da reunião da Comissão Política do PS, o secretário-geral [António Costa] contactou a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, informando-a que não partilhava as prioridades propostas e que, dessa forma, pretendia seguir a outra hipótese de trabalho colocada em cima da mesa - uma via em tudo idêntica ao método de trabalho seguido nos últimos quatro anos", insistiu Duarte Cordeiro.

Perante os jornalistas, o líder da federação de Lisboa do PS reiterou que haverá reuniões de trabalho com os bloquistas já na terça-feira (dia 15), negando por isso que a decisão tomada pelo PS - de não assinar um acordo escrito com o Bloco de Esquerda - tenha sido tomada após António Costa se ter encontrado com as confederações patronais.

Mais. O dirigente socialista disse também que "são profundamente conhecidas as posições públicas que o Partido Socialista assumiu durante a campanha eleitoral - a legislação do trabalho foi recentemente publicada - é óbvio que o PS tem divergências nestas matérias com o Bloco de Esquerda mas também com outros partidos como o PCP", acrescentando que era "evidente" e "claro durante a campanha eleitoral" que a prioridade do PS nesta matéria "é um acordo para a valorização dos rendimentos e dos salários".

"São tudo matérias que eram conhecidas antes mesmo destas reuniões e foram absolutamente do conhecimento público durante a campanha eleitoral", reforçou Duarte Cordeiro.

De recordar que Catarina Martins reagiu, esta sexta-feira à tarde, ao facto de António Costa governar na próxima legislatura sem acordos escritos. A líder do Bloco de Esquerda disse que "os acordos da Geringonça foram uma garantia de estabilidade na vida das pessoas e o Bloco de Esquerda lamenta a decisão do PS de não continuar esse caminho"

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