Jorge Moreira da Silva só avança para a corrida à liderança do PSD “se sentir que o partido está preparado para uma refundação” programática, tanto de equipas como de regras de funcionamento.
Estas declarações foram proferidas ao jornal Expresso. O ex-ministro do Ambiente sublinha ainda que “infelizmente”, pelo que vai vendo, “nada de bom se pode augurar”.
"Estou a ponderar uma eventual candidatura mas não acho que exista necessidade de dar uma resposta no imediato, há imenso tempo", afirmou.
As condições que coloca para que a sua eventual candidatura venha a tornar-se realidade são: "Um novo programa, um novo projeto, novos protagonistas e novas regras de funcionamento".
Moreira da Silva, que é atualmente diretor-geral de Desenvolvimento e Cooperação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), acusa o PSD acusa de "ainda não ter encontrado uma visão pós-troika" e defende uma abertura do PSD a primárias para a escolha do líder.
O ex-governante mantém, contudo, as expectativas numa eventual candidatura a líder do PSD baixas, tendo em conta que tem mandato no cargo da OCDE até 2021. "Não vou deixar de servir o interesse público a nível internacional para uma tarefa para que o PSD possa não estar preparado", afirmou ao mesmo jornal.
Recorde-se que Luís Montenegro já se colocou na linha de partida na corrida à liderança do PSD. Por saber está ainda se o próprio Rui Rio se recandidata ou não ao cargo que ocupa.