O Presidente da República revelou, esta terça-feira, que o XXII Governo vai tomar posse no próximo sábado, ao "início da manhã". Horas depois, e terminada a conferência de líderes que agendou para sexta-feira (dia 25) a primeira reunião na Assembleia da República, a Presidência informou que "a cerimónia de posse de todos os membros do XXII Governo Constitucional" acontecerá no dia seguinte (dia 26), "pelas 10h30, no Palácio Nacional da Ajuda".
A tomada de posse do novo Governo, recorde-se, teve de ser adiada devido a uma reclamação que o PSD apresentou relativamente ao apuramento dos resultados eleitorais do círculo da emigração.
Porém, e uma vez 'travada' a queixa do PSD pelo Tribunal Constitucional, uma nova data foi apontada por Marcelo Rebelo de Sousa, à margem do congresso da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) que decorreu esta terça-feira no Estoril, em Cascais.
"O Presidente da República limita-se a verificar se são respeitados os limites legais e constitucionais [dos nomes apresentados pelo primeiro-ministro]. Recebo os nomes, primeiro dos ministros e dos secretários de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, e depois dos restantes secretários de Estado e, com os elementos disponíveis considerei que devia aceitar os nomes todos e nomeá-los e assim lhes vou dar posse no próximo sábado ao início da manhã", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
Esta informação já havia sido avançada ao Notícias ao Minuto por fonte da Assembleia da República que havia dito que o presidente da Assembleia iria propor esta terça-feira, na conferência de líderes, que os novos deputados eleitos tomassem posse na sexta-feira - o que agenda automaticamente para sábado a tomada de posse do Governo.
Ainda em declarações aos jornalistas, o Marcelo Rebelo de Sousa disse ter "reservado o sábado de manhã para" a tomada de posse, mas deixou claro: "Vamos esperar para ver o que a Assembleia da República vai decidir".
Questionado sobre as "reservas" que Bruxelas apresentou relativamente ao esboço do Orçamento do Estado que o Governo enviou, o Presidente lembrou que era "esperável" que a Comissão Europeia assumisse tal posição. Mas defendeu também que o esboço foi enviado num "período de transição de governos".
"A a proposta global só o próximo governo pode enviar e só é empossado sábado", apontou.