Arranca esta noite, em Viana do Castelo, o 38.º Congresso do Partido Social Democrata. Numa altura em que os congressistas começam a encher o centro cultural da cidade, Fernando Negrão deixou uma mensagem de confiança no futuro e na união do partido que, nos últimos dois anos e meio, viveu um período de convulsão interna. 

Agora, vincou o antigo líder da bancada laranja em declarações à RTP, "é diferente". "Entretanto aconteceram as eleições legislativas, a composição da bancada mudou, é uma bancada escolhida pelo líder do partido, aconteceram as directas. Agora temos o congresso para compor o resto dos órgãos do partido, para que fique pronto a funcionar e a ter alternativas sérias, credíveis", justificou. 

Para Fernando Negrão, urge construir alternativas que sejam de facto alternativas "a quem está a governar agora porque o país precisa muito de um partido de oposição e de um partido forte de oposição". "E é isso que vai acontecer aqui, é a democracia a funcionar", disse. 

O social-democrata frisou ter a certeza que o presidente vai conseguir unir o partido. "Tenho a certeza que sim, que isso vai acontecer", declarou. "Sei que todos os militantes querem que isso aconteça, e querem que isso aconteça não pelo PSD, não por cada um deles, mas porque o país precisa de um partido de oposição e precisa, principalmente, de uma alternativa à governação, porque quem está a governar agora está a governar mal", acrescentou. 

Questionado sobre se o partido estará pronto para governar a partir de 2021, Negrão respondeu que o PSD  "está a fazer o percurso para a preparação". "Diria que esta é a terceira fase da preparação do PSD para se constituir como a verdadeira alternativa ao governo socialista", firmou. 

Sobre a possibilidade de Adão Silva vir a ser o próximo líder parlamentar, o social-democrata referiu que, se por ventura for o escolhido, "será um bom líder parlamentar". "Foi meu vice-presidente, é uma pessoa que conhece bem a vida parlamentar e o funcionamento da instituição parlamentar", considerou. 

Por fim, Negrão disse que guarda dos últimos dois anos "uma experiência muito enriquecedora" e justificou: "Em termos daquilo que é a vida política, a necessidade permanente da negociação, aquilo que é o debate das ideias contrárias. Tudo isso são vitaminas da democracia, devemos olhar para isso como uma coisa boa e que não devemos perder". 

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