Bloco apela para "chumbo" de distribuição de dividendos na Galp

A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu hoje que o Governo deve dar "instruções claras" aos representantes do Estado na Assembleia Geral da Galp para que chumbem a distribuição de dividendos em análise na reunião de 24 de abril.

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Lusa
13/04/2020 18:16 ‧ 13/04/2020 por Lusa

Política

Coronavírus

 

No vídeo "País Ligado" de hoje - a forma de comunicação diária de Catarina Martins nos canais do BE - a líder bloquista referiu que a Galp reúne a sua Assembleia Geral acionista no dia 24 de abril e que "na ordem de trabalhos está a decisão sobre a distribuição de dividendos".

"A mesma empresa que, segundo denúncia do sindicato, despediu mais de 80 trabalhadores precários só em Sines, prepara-se agora para distribuir mais de 300 milhões de euros em dividendos aos seus acionistas", condena.

O Estado português, recorda Catarina Martins, "tem uma participação na empresa" e sendo "certo que não tem o controlo da Galp, estará representado na Assembleia Geral de acionistas".

"É importante que o Governo dê instruções claras aos seus representantes nesta assembleia para que chumbem a distribuição de dividendos e defendam a reintegração dos trabalhadores precários que entretanto foram despedidos", apela.

A coordenadora do BE lamenta ainda que a proposta do partido para a proibição de distribuição de dividendos tenha sido chumbada no parlamento na semana passada por "PS, PSD e restante direita".

"Foi um erro, mas um erro que ainda pode ser corrigido e pode começar a ser corrigido já, na Galp", aponta.

Para Catarina Martins, "a decisão sobre a distribuição de dividendos na Galp como noutras empresas não é um assunto de pormenor" uma vez que marca a forma como se responde à crise provocada pela pandemia da covid-19.

"Porque se é certo que nestes momentos há sacrifícios, é inaceitável que os trabalhadores paguem para que os acionistas lucrem com a crise", critica.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 535 mortos, mais 31 do que no domingo (+6,2%), e 16.934 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 349 (+2,1%).

Dos infetados, 1.187 estão internados, 188 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 277 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.

 

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