Ministro dá-se bem entre tachos na cozinha mas desconhece outros 'tachos'
O ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, participou hoje numa ação de solidariedade de fornecimento de sopa de peixe a profissionais de saúde do hospital da Figueira da Foz, revelando-se à vontade entre tachos na cozinha.
© Global Imagens
Política Ricardo Serrão Santos
Na visita que fez ao Grupo de Instrução e Sport (GIS), na praia de Buarcos, entidade está a confecionar diariamente 50 almoços de sopa de peixe com destino à equipa de covid-19 em serviço no Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF), Ricardo Serrão Santos acompanhou a confeção dos alimentos, o seu embalamento e posterior entrega na unidade de saúde.
"Gosto muito de cozinhar, as cozinhas são um ambiente que eu prezo muito e gosto muito de cozinhar peixe", revelou Ricardo Serrão Santos, durante a visita ao GIS.
Questionado sobre se se sentia bem só entre os tachos de sopa fumegante - reforçados com doses generosas de cherne e pregado - o ministro anuiu, em jeito de brincadeira: "Os outros 'tachos' não conheço".
Mais a sério, Ricardo Serrão Santos enalteceu o "juntar de vontades", quer da Docapesca e das organizações de produtores, que têm fornecido peixe fresco ao GIS para a confeção das refeições.
"É de facto a sociedade a funcionar no seu melhor", disse o ministro.
"E felizmente o nosso setor continua ativo, o peixe continua a ter mercado e o valor do pescado está bom. Obviamente que com o fecho dos restaurantes e a catástrofe que caiu sobre o turismo a procura é menor. E temos de ter isso em atenção, a redução da atividade da pesca para manter um bom valor económico no pescado", disse à agência Lusa o ministro do Mar.
Ricardo Serrão Santos lembrou, por outro lado, que a comunidade piscatória "não foi atingida pela covid-19".
"É um setor informado que está a investir em planos de contingência para mitigar as contaminações. E a Docapesca [entidade que gere as lotas e portos de pesca nacionais] está a fazer um trabalho excelente, que começou logo a 03 de março. Estamos todos muito empenhados em promover e cozinhar o nosso peixe", declarou o ministro.
Já o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, destacou a ação do Grupo de Instrução e Sport, mas também "um conjunto enorme de empresas" que têm vindo a apoiar o HDFF, através da entrega de ventiladores, máscaras, viseiras e outro equipamento de proteção, para além de donativos em dinheiro.
"A Figueira tem sido solidária que é aquilo que é fundamental para ultrapassarmos esta pandemia", enfatizou Carlos Monteiro.
Rosa Batista, que preside à direção do GIS, enquanto na cozinha da coletividade se afadigava no apoio às equipas de voluntários - que, para além da sopa de peixe, também entregaram hoje, no hospital, pastéis e queijadas de Tentúgal, oferecidos por um estabelecimento local - enalteceu "a onda de solidariedade tremenda" face à pandemia provocada pelo novo coronavírus.
As equipas de oito ou nove pessoas diárias - onde se inclui o presidente da Assembleia Geral do GIS e presidente da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, José Duarte, que ia ajudando a mexer a sopa, equipado a preceito, de máscara, touca, luvas e avental - tem trabalhado "com as devidas cautelas" sanitárias, frisou a responsável da instituição.
Para além dos 50 almoços fornecidos ao HDFF, o GIS tem fornecido 28 refeições, duas por dia, a 14 cidadãos sem-abrigo da Figueira da Foz, adiantou Rosa Batista.
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