25 Abril: Poder político não pode tentar justificar o injustificável

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu hoje que o "poder político" não pode "tentar justificar o injustificável", mantendo as críticas à realização da sessão solene do 25 de Abril no parlamento.

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Lusa
25/04/2020 14:12 ‧ 25/04/2020 por Lusa

Política

Líder do CDS

 

Numa declaração gravada a partir de sua casa e divulgada à comunicação social, Rodrigues dos Santos defendeu que o CDS-PP "foi coerente" ao discordar desde o início do modelo da cerimónia e elogiou o líder parlamentar, Telmo Correia, por ter "protestado solenemente" contra uma decisão que, na opinião dos centristas, "dividiu os portugueses".

"O poder político tem de dar o exemplo ao país, não pode tentar justificar o injustificável, muito menos autorizar para si aquilo que proíbe aos portugueses", criticou.

O líder do CDS-PP apelou para que o parlamento "trabalhe intensamente para apoiar todos aqueles que estão oprimidos por este vírus ditador a recuperarem a sua liberdade".

"Falo da liberdade dos que ficaram desempregados, dos que perderam rendimentos, dos que estão prestes fechar as suas empresas e os seus negocioso, do comerciante, do dentista, do barbeiro, do advogado, e dos que não podem abraçar os seus filhos, pais e avós", disse.

Na sessão solene no parlamento, à qual Francisco Rodrigues dos Santos faltou por opção, o Presidente da República defendeu que a sessão comemorativa do 25 de Abril é "um bom e não um mau exemplo" e que seria "civicamente vergonhoso" o parlamento demitir-se agora de exercer todos os seus poderes.

Nas últimas semanas, cresceu a polémica à volta do modelo de comemorações do 25 de Abril, quer dentro do parlamento - CDS e Chega foram contra, PAN e Iniciativa Liberal defenderam outros formatos - e fora dele, com duas petições 'online', uma pelo cancelamento e outra a favor da sessão solene, a juntarem centenas de milhares de assinaturas.

Devido à pandemia de covid-19, a sessão solene no parlamento contou com a presença quatro membros do Governo, cerca de duas dezenas de convidados, e de 46 deputados, e não um terço como estava previamente acordado.

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