Secretário de Estado desmente favorecimento de empresa de ex-sócio
O Secretário de Estado do Desporto é acusado de ter solicitado ao autarca de Viseu o favorecimento do laboratório do ex-sócio para a realização de testes à Covid-19 na região.
© Global Imagens
Política Covid-19
O secretário de Estado do Desporto desmentiu, esta terça-feira, ter beneficiado a empresa do antigo sócio, o laboratório do Dr. João Cotta - ALS, nesta fase de combate à pandemia de Covid-19.
Segundo a edição desta terça-feira do jornal Correio da Manhã, João Paulo Rebelo, que foi recentemente designado pelo Executivo para coordenar o combate à pandemia de Covid-19 na região Centro, terá pedido ao presidente da Câmara de Viseu para potenciar a empresa do seu ex-sócio, por forma a que esta pudesse realizar testes de diagnóstico ao novo coronavírus na região.O jornal refere ainda que mais duas empresas tinham capacidade para o fazer, mas que a decisão recaiu sobre o laboratório do Dr. João Cotta e o contrato foi celebrado por ajuste direto.
Recorde-se que o governante, natural de Viseu, já tinha admitido a falta de capacidade do Centro Hospitalar de Tondela para a realização da testagem.
Ao Correio da Manhã e à SIC Notícias, o autarca, Almeida Henriques, confirmou ter recebido a indicação para potenciar o laboratório - que faria análises em seis horas para o Hospital de S. Teotónio -, e que transmitiu essa informação por email aos autarcas da região Centro, mas diz desconhecer qualquer relação entre a empresa e o secretário de Estado.
Contudo, este alegado favorecimento é desmentido por João Paulo Rebelo. Numa nota do governante, citada pela SIC Notícias, este desmente o autarca e especifica que falou por videoconferência com os presidentes da Comunidade Intermunicipal de Viseu sobre a capacidade da ALS para realizar os testes, mas indica que também falou de outras entidades que o poderiam fazer.
A SIC Notícias recorda, a respeito da celebração do estabelecimento de ajustes diretos nesta fase de pandemia, que o Ministério da Saúde celebrou 22 contratos que perfazem mais de 88 milhões de euros. Este valor será gasto em material médico, máscaras e álcool-gel. Todos estes contratos são justificados com base na "urgência imperiosa", mas a data de execução vai dos 252 aos 289 dias.
Em declarações aos jornalistas, a ministra da Saúde afirmou hoje que, "se houver algo auditável" em contratos por ajuste direto, tal será feito pelas "instâncias próprias", garantindo que os procedimentos respeitaram a lei da concorrência e o "regime especial" devido à Covid-19.
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