PSD quer estrutura semelhante à do tempo da 'troika' para relançamento

O PSD defendeu hoje a constituição de uma nova estrutura, semelhante à ESAME nos tempos da `troika´, para coordenar todo o programa de relançamento da economia na fase pós-covid, com um secretário de Estado na dependência do primeiro-ministro.

Notícia

© Global Imagens

Lusa
03/06/2020 11:16 ‧ 03/06/2020 por Lusa

Política

Programa

A medidas consta do "programa de recuperação económica" do PSD, documento hoje apresentado pelo líder do partido, Rui Rio, e pelo presidente do Conselho Estratégico Nacional (CEN), Joaquim Miranda Sarmento, que é também o porta-voz social-democrata para a área das finanças públicas.

Além deste programa de recuperação, o PSD promete apresentar um outro de estabilização da economia, quando for mais clara a resposta europeia à crise, e defende que ambos devam ser coordenados por uma entidade na dependência do "primeiro-ministro, à imagem da ESAME", que teve como missão acompanhar as medidas do Memorando de Entendimento nos anos da `troika´ e que foi liderada pelo então secretário de Estado Carlos Moedas.

"O programa que temos pela frente será ainda mais exigente que o da troika. Daí que seja fundamental criar uma entidade como a ESAME, dirigida por um Secretário de Estado (adjunto do primeiro-ministro) apenas com esta competência e com assento no Conselho de Ministros", defende o partido.

Para os sociais-democratas, "a criação desta entidade é também crítica para uma utilização eficiente dos fundos europeus ao abrigo do programa de reconstrução económica que vier a ser aprovado".

Questionado se a criação desta estrutura serve para evitar que o Governo recorra a conselheiros independentes como António Costa Silva para coordenar o relançamento da economia, Joaquim Sarmento não respondeu diretamente.

"Não basta desenhar o programa, é preciso executá-lo nos próximos anos. Preocupa-nos alguma dispersão que é natural existir e o bom exemplo na aplicação do memorando e do trabalho de Carlos Moedas é um bom exemplo que vale a pena seguir neste programa", defendeu, acrescentando que este deve ser coordenado por alguém "com `endorsement´ político ao nível do primeiro-ministro".

PSD considera ainda que "é necessário reformular todo o Ministério da Economia, de modo a conferir-lhe a "alma" de uma política económica" e voltar a colocar neste Ministério a "diplomacia económica", atualmente nos Negócios Estrangeiros.

 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas