O chefe de Estado e antigo presidente do PSD falava à agência Lusa antes de um almoço a sós com o líder dos sociais-democratas, Rui Rio, num restaurante em frente ao Tejo, em Lisboa.
Questionado sobre a promessa feita por Rui Rio em entrevista à TSF de que o PSD tomará "uma posição pública" sobre uma recandidatura sua logo "no dia a seguir" a esta anunciada, Marcelo Rebelo de Sousa começou por responder que não se pronuncia sobre esta matéria.
"Mas acompanho com muita atenção aquilo que é dito. E dito pelo líder da oposição e líder do partido ao qual pertenci e pertenço desde a fundação, isso, naturalmente acompanho com maior atenção", acrescentou, sorrindo, com Rui Rio ao seu lado.
Em entrevista à TSF hoje divulgada, Rui Rio declarou que "obviamente o mais provável" será o apoio do PSD a uma recandidatura do atual Presidente da República, e afastou a possibilidade de o partido "não ter posição e dar liberdade de voto" em relação às presidenciais.
O presidente do PSD alegou que Marcelo Rebelo de Sousa não foi "absolutamente taxativo" sobre o assunto.
Quanto à expectativa manifestada pelo primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, de regressar com o atual Presidente da República à fábrica da Autoeuropa num segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, Rio desdramatizou esse gesto e até o considerou positivo.
"Como é que pode incomodar o PSD quando um militante seu recebe, em tão altas funções como Presidente da República, o apoio do nosso maior adversário? É até de certa forma honroso para o PSD", sustentou.