"É preciso agir rapidamente". Bloco propõe mais transportes
A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou hoje que "estigmatizar algumas freguesias" em relação à pandemia não resolve o problema e apresentou propostas "para aumentar a oferta de transportes públicos coletivos" e proteger a saúde das populações.
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Política Covid-19
Numa conferência de imprensa na sede do BE, em Lisboa, Catarina Martins detalhou dois projetos de resolução dos bloquistas - que agendaram para esta semana uma interpelação ao Governo sobre "a resposta à covid-19 na Grande Lisboa nos transportes e na habitação" -, explicando que são "propostas imediatas para aumentar o transporte" porque "é preciso agir rapidamente".
"Uma certa estigmatização de algumas freguesias não nos parece ajudar a resolver o problema, até porque, como digo, segundo os dados que temos, os surtos têm aparecido em setores de atividade que nunca confinaram e onde as pessoas não trabalham no sítio onde habitam, têm que se deslocar e vão trabalhar para os outros sítios", considerou.
Assim, a líder do BE disse temer que "não olhar para esta realidade, não atuar fortemente sobre as condições de trabalho e de transportes, sirva mais para estigmatizar algumas populações do que para resolver o problema".
"E por isso mesmo fazemos propostas concretas, desde já, para aumentar, no imediato, a oferta de transportes públicos coletivos e assim proteger a saúde das populações", justificou.
Uma das propostas do BE é, nos transportes rodoviários, "acabar imediatamente com o 'lay-off' para que toda a capacidade esteja ao serviço da população, até porque as autarquias já estão a compensar as empresas privadas da perda que tenham na venda direta de bilhetes".
Já na Linha do Sintra, "como aumentar comboios não é aparentemente possível no curto prazo", Catarina Martins propõe "desdobrar com transporte rodoviário" para garantir condições de segurança e evitar comboios sobrelotados onde o distanciamento entre passageiros é impossível.
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