Ventura espera "acordo que dinamize e proteja" a economia portuguesa
O deputado único do Chega disse hoje esperar que o Conselho Europeu consiga alcançar "um acordo que dinamize e proteja a economia portuguesa, sem cedências de dignidade ou de soberania", e criticou a postura do primeiro-ministro.
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Política Cimeira UE
Num comunicado enviado à agência Lusa, André Ventura considerou que "Portugal está a fazer uma figura ridícula de miserabilismo no Conselho Europeu".
"O Chega repudia veementemente este miserabilismo português do PS e de António Costa, esperando que tão rapidamente quanto possível seja possível chegar a um acordo que dinamize e proteja a economia portuguesa, sem cedências de dignidade ou de soberania", salienta.
O presidente demissionário criticou também que Portugal esteja "de mão estendida" do primeiro-ministro, atirando que esse é "um dos piores estigmas" da história recente.
"António Costa não esconde o seu desespero face ao impasse nas negociações, evidenciando que Portugal não está nem nunca esteve preparado para a crise. Afinal o milagre português nunca existiu! Chega a ser constrangedor", insiste.
O plenário do Conselho Europeu decorre em Bruxelas em busca de um acordo para o relançamento europeu após a crise da covid-19.
De acordo com fontes europeias, sobre a mesa estará uma proposta que mantém o montante global do Fundo de Recuperação em 750 mil milhões de euros -- como propunha a Comissão --, com os subsídios a fundo perdido a pesarem 390 mil milhões de euros, montante que já terá tido 'luz verde' dos 27.
Tanto o plano franco-alemão como a proposta da Comissão Europeia defendiam subvenções num montante de 500 mil milhões de euros, algo rejeitado pelos chamados países 'frugais' (Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca), que exigiam que as subvenções ficassem abaixo dos 400 mil milhões de euros.
O objetivo de Charles Michel para esta madrugada passou, então, por tentar 'fechar' o Fundo de Recuperação, deixando as negociações sobre o Quadro Financeiro Plurianual da União de 2021-2027 para depois de algumas horas de sono, esta tarde.
Reunidos desde sexta-feira de manhã, os líderes europeus não lograram ainda chegar a um acordo sobre o próximo quadro orçamental para 2021-2027 e o Fundo de Recuperação, os pilares do plano de relançamento da economia europeia para superar a crise da covid-19.
O terceiro dia da cimeira, no domingo, foi o mais longo até ao momento, num total de mais de 20 horas de negociações sem interrupções, tanto à margem, como em plenário.
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