PS vai averiguar "legitimidade" de insolvência de têxtil de Vila do Conde
O Grupo Parlamentar do PS na Assembleia de República anunciou, hoje, que vai averiguar "a legitimidade e boa-fé do processo de insolvência" de uma empresa têxtil de Vila do Conde, distrito do Porto, que deixou 133 trabalhadores no desemprego.
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Política Grupo parlamentar
A intenção foi divulgada pelo vice-presidente da bancada dos socialistas, João Paulo Correia, após uma reunião com o Sindicato dos Profissionais da Indústria e Comércio de Vestuário e de Artigos Têxteis, representante dos trabalhadores e elementos da concelhia do PS de Vila do Conde.
Em comunicado, o PS revelou que o encontro teve o objetivo de "apurar em que condições decorreu o lay-off e o processo de insolvência, para além da demonstração de solidariedade e de apoio aos trabalhadores e suas famílias".
"Vamos procurar desfazer as dúvidas que ainda prevalecem sobre a legitimidade e boa-fé deste processo de insolvência, bem como nos comprometemos a apoiar os trabalhadores no acesso aos apoios sociais", pode ler-se no texto dos socialistas.
No mesmo comunicado, foi relevado que "a [empresa] Azincon não tinha salários em atraso até junho e que não houve queda na carteira de encomendas e que recorreu ao lay-off parcial apenas em abril e estranhamente, não recorreu a qualquer outra medida de apoio às empresas lançada pelo Governo".
"O encerramento da Azincon acarreta danos na economia local e expõe 133 trabalhadores a uma situação de maior vulnerabilidade económica e social", acrescentam os elementos do PS.
A situação de empresa, e os respetivos despedimentos, tinha sido denunciada, quarta-feira, pelo PCP/Vila do Conde, que revelou que os trabalhadores, na maioria mulheres, ainda não tinham recebido os salário de julho e agosto e as respetivas indemnizações.
O Partido Comunista denunciou, ainda, que a empresa "procurou livrar-se de material e máquinas nos meses anteriores a este encerramento".
A agência Lusa tentou, sem sucesso, obter uma reação da empresa.
Na quinta-feira, a Câmara de Vila do Conde, após uma reunião com um grupo de trabalhadores e representantes do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFO), garantiu apoio social e a criação de uma linha especial de atendimento para responder às necessidades dos funcionários que ficaram sem o emprego.
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