Clube dos Pensadores está de volta para combater "política sedada"
Os debates retomam, no próximo dia 14 de setembro. Sessão contará com uma intervenção da antiga ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz.
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Política Clube dos Pensadores
O Clube dos Pensadores, fundado pelo biólogo Joaquim Jorge, está de regresso. Em comunicado, a direção do clube revela que a decisão foi impulsionada pela "insistência de muita gente", devido a uma "política sedada" e ao próprio contexto atual de pandemia.
Após ter interrompidos as suas sessões "porque já não se justificava a sua intervenção pública pelo debate de ideias e opiniões", o clube volta agora a reunir-se no próximo dia 14 de setembro, pelas 21h30 no Hotel Holiday Inn Porto-Gaia.
O encontro contará com a presença da ex-ministra da Justiça do Governo de Passos Coelho, Paula Teixeira da Cruz, que é convidada a apresentar o seu livro 'Notas da Covid-19', mas também, a "falar do PSD, do Governo, de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa, Rui Rio e da Justiça portuguesa".
O Clube garante ainda que o evento irá respeitar todas as normas de segurança exigidas pela Direção-Geral da Saúde, designadamente cumprindo as regras de "distanciamento dos lugares sentados entre si, o uso de máscara, com uma sala devidamente ventilada e com um pé direito superior ao normal", permitindo uma melhor circulação de ar.
Quanto a próximas sessões, o Clube dos Pensadores adianta que decidiu deixar o modelo de organização anterior e realizar debates "sempre que se justifique realizar uma sessão aqui ou acolá". Ou seja, promovendo "debates pontuais ao longo do tempo".
Numa reflexão sobre a atualidade, na mesma nota assinada por Joaquim Jorge, é sublinhado que "há um afunilamento de pensamento político em Portugal", com "Marcelo Rebelo de Sousa num casamento de conveniência com António Costa", vingando, assim, uma apatia política provocada pela ideia que para se governar é preciso consenso nacional alargado".
Posto isto, é defendido que para governar apenas é preciso "uma maioria na Assembleia da República" e que, numa democracia, "o contraditório e a liberdade de discordar faz parte do seu nobre léxico".
"A vida política tornou-se um show off sem precedentes. A acção política é nos gabinetes que se deve desenrolar, e não, na televisão ou na imprensa em geral. A vida política tornou-se uma inusitada propaganda a toda a hora e momento. A televisão é Marcelo e Costa à porfia a ver quem aparece mais vezes, de quando em quando, para não dizer nada. Porém, quem está em lay-off, desempregado ou na iminência de despedimento não deve achar graça nenhuma", é apontado.
Ainda na mesma análise, é denotado que depois da saída de Mário Centeno do Governo, enquanto ministro das Finanças, e "com o imenso dinheiro que vem a fundo perdido da Europa", o futuro de Portugal "está em jogo" e que "encolher os ombros e estar em silêncio" não faz parte do "ADN" dos portugueses.
"O medo desta pandemia não nos pode paralisar de pensar e ter ideias", pode ler-se no referido texto que declara ainda que "Portugal precisa de mais oposição, menos unanimismo e mais gente a pensar de forma diferente".
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