PEV abstém-se e promete vigiar compromissos do Governo
O Partido Ecologista 'Os Verdes' (PEV) admitiu hoje que era possível "ter ido mais longe" no Orçamento do Estado de 2021 (OE2021), que vai viabilizar através da abstenção, e prometeu vigilância ao Governo no seu cumprimento.
© Facebook Os Verdes
Política OE2021
A abstenção PEV é "um voto em defesa das pessoas" e que "deixa uma imensa responsabilidade" ao Governo que, "com este orçamento fica obrigado a responder aos anseios das populações", afirmou a deputada dos Verdes Mariana Silva, no encerramento do debate do OE2021, na Assembleia da República, em Lisboa.
"Cá estaremos para lhe cobrar isso", disse, a finalizar o discurso.
Antes, na intervenção que fez, Mariana Silva enumerou algumas das suas propostas acordadas com o Governo e que justificaram a abstenção na votação final global.
Dois exemplos são a "revisão da escolha do local para o aeroporto internacional de Lisboa", através de uma "avaliação ambiental estratégica", e "tornar transparente o concurso da prospeção e exploração do lítio e minerais associados".
Mariana Silva destacou que o PEV bateu-se e "continuará a bater-se" por "mais investimento no SNS, mais profissionais, pelo reforço dos cuidados de saúde primários que precisam de retomar a normalidade" e pelo "reforço das camas nos cuidados intensivos", uma das propostas que o partido "conseguiu que fosse aprovada para este orçamento".
O desemprego, a precariedade e a pobreza são questões a que os Verdes vão continuar "a dar atenção".
Apesar de crise epidémica em Portugal, disse, não se pode "permitir que se esqueça a crise climática e as belas promessas que se fizeram nos mais diversos espaços de discussão sobre a sustentabilidade.
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